sábado, 12 de julho de 2008

FÉRIAS!!

Esse é um recado para os amigos que vivem me cobrando novos posts (com razão).
O blog está mesmo um tanto quanto largado, mas em breve voltará com força total.
A partir de segunda (14-07) estarei de férias, mas prometo novidades pra quando voltar, com a cabeça leve e descansado.
Vou aproveitar para visitar bons amigos e também ver o filme cuja foto ilustra esse post. E não vejo a hora!
A gente se fala em breve.

Abraço!

sábado, 12 de abril de 2008

Desenhos para todos os gostos!

FOTO ACIMA: Capa do DVD de "Hellboy - Sangue e Ferro"
Vamos continuar falando de desenhos?
Recentemente vi os dois desenhos baseados no personagem Hellboy, com as vozes dos atores do filme dirigido há 3 anos por Guilhermo Del Toro, entre eles o Ron Pearlman (o Hellboy do cinema) e Selma Blair.
O primeiro desenho, “Hellboy e a Espada da Tempestade” é bom, mas bem no “esquemão” dos desenhos americanos, com violência moderada. Boa trilha sonora e animação decente, numa história bem amarradinha. Mas o desenho é isso, bom passatempo mas nada surpreendente.
Já “Hellboy – Sangue e Ferro” é bem melhor. Não me lembro qual foi a última vez que senti medo vendo um desenho animado. E o clima de terror desse desenho animado é altíssimo, com vampiras, bruxas, fantasmas e criaturas das trevas convincentes.
Em muitas partes eu me pegava dizendo: “Nossa, que legal”.
Tudo que o “A Espada da Tempestade” tem de “mais do mesmo” o “Sangue e Ferro” tem de legal e inovador. Vale a pena ser visto e revisto.

FOTO ACIMA: Meio humano e meio vampiro, D é o protagnista de "Vampire Hunter D"

Nesta semana vi também o “Vampire Hunter D”.
É um desenho em longa-metragem produzido em 1985, que conta a história de D, um estranho caçador de vampiros que vaga sem destino à procura de aventuras.
A narrativa se passa no futuro, mas as cidades, casas, roupas e meios de transporte lembram os do século passado, com cavalos, carruagens, casebres do estilo europeu, e castelos.
Realizado no Japão, o anime é bem violento. E tem uma história bem interessante.
Um vampirão que mora num castelo faz também parte da nobreza. Quando ele decide transformar uma plebéia em sua noiva vampira, atrai a ira de sua filha, que não aceita que seu pai introduza em sua família uma simples camponesa.
A filha do Draculão resolve então matar a jovem antes que seu pai consuma o noivado (mordida no pescoço).
A camponesa, que não quer se tornar uma morta-viva pelas mãos do vampirão e nem uma morta-morta pelas mãos da filha do vampirão, contrata os serviços de D, que curiosamente estava passando por lá.
Além de muita violência, o desenho apresenta muitas cenas de nudez, muitas delas de forma gratuita.
Em certa parte, um vampiro arranca um colar com um pingente de crucifixo do pescoço da donzela. Ao puxar o colar, o dedo dele arranca acidentalmente o top que a garota está vestindo. O seio dela então balança livremente, com um close absurdo de câmera. A cena é bonita, mas convenhamos, ocorreu de forma muito forçada.
Há outras cenas de nudez durante o anime. Esses japoneses...
Enfim, o desenho é muito bacana.
Verei nesta semana a continuação, “Vampire Hunter D – Blodlust”, feito em2001. Na semana que vem eu falo sobre ele.
FOTO ACIMA: Gatts, o herói de "Berserk"

Finalmente acabei de ver todos os episódios de “Berserk”.
Quando vi o primeiro episódio confesso que não gostei.
Gatts, o personagem principal, vive na idade média no Japão, e aparece sempre carregando uma imensa espada (tanto na largura como no tamanho). Ele sofria pesadelos com espíritos malignos e acordava no meio da floresta com seu corpo todo ensangüentado. A missão dele no episódio não fica bem clara, tendo de matar um ser endemoniado num castelo medieval. Além disso o desenho apresentava cores muito vermelhas e uma trilha sonora esquisita.
Detestei esse primeiro episódio, mas meu amigo Manoel me pediu para ver o segundo. Com muito custo e uma dose de boa vontade resolvi atender ao pedido dele.
O episódio seguinte mostrava Gatts ainda pequeno, sendo brutalmente espancado pelo seu padrasto, que aprontava o maior terror psicológico com o garoto. Denso e bem amarrado, o episódio foi excelente!
E assim foram os seguintes.
O argumento principal dos 25 episódios de “Berserk” mostra Gatts entrando para o Bando do Falcão, um grupo de mercenários liderados pelo estranho e carismático Griffith. No bando ele faz inimizades com outros comandantes, como a bela Caska.
Extremamente violento, com muito, mas muito sangue mesmo, “Berserk” é um anime pra gente grande.
O argumento de “Berserk” nunca apela pra clichês ou soluções fáceis.
Em certo episódio, Griffith pede para Gatts eliminar o irmão do rei, que conspira para matar o líder do Bando do Falcão. Ele tem que matar o sujeito de modo furtivo, sem deixar testemunhas. Cuidadosamente, Gatts invade o castelo do príncipe e o encontra ensinando esgrima para seu pequeno filho. Gatts então espera até que sua presa fique sozinha. Sem hesitar, Gatts trespassa sua imensa espada no inimigo. Acontece que o assassinato é presenciado pelo filho do príncipe, que voltou para dar boa noite ao pai.
Se fosse um desenho americano, o menino juraria Gatts de morte, e tentaria vingar a morte do pai no futuro.
Mas como o desenho não se limita a tais clichês, Gatts, o herói, num movimento calculado, acerta com força incrível sua espada na criança, matando-a imediatamente!
E fica por isso mesmo. Em nenhum outro episódio pra frente, Gatts apresenta algum indício de remorso pelo ocorrido.
Outro exemplo marcante que demonstra que “Berserk” não é um desenho qualquer acontece quando um grande ataque é realizado pelo Bando do Falcão, e sua única guerreira mulher não rende o esperado na batalha, porque, pasme, está menstruada!

FOTO ACIMA: Griffith, um cara muito esquisito, mas incrivelmente carismático!

A história da série continua de forma genial, principalmente quando Gatts e Caska se vêem cercados na floresta por 100 guerreiros. São três episódios que deixam os nervos do espectador à flor da pele, com os protagonistas do desenho passando muito aperto para sobreviver. A força da narrativa e passagem de acontecimentos impactantes de “Berserk”, nestes três episódios, são maiores e melhores do que muitas super-produções de Hollywood.
O desenho apresenta ainda muitas cenas de nudez, incluindo até algumas posições bem submissas, apesar de não haver nenhuma cena de sexo.

FOTO ACIMA: Gatts e Caska

É uma pena, que depois de 22 episódios excelentes, os 2 últimos sejam tão ruins!
Tudo que eu achei de ruim no primeiro episódio volta com força, e ao quadrado, nos últimos.
Seres endemoniados, muitas forças obscuras, sacrifícios humanos e possessões diabólicas estragam o desenho que poderia entrar para a história da animação.
Pra piorar ainda mais, o final de “Berserk” fica em aberto, com muitas dúvidas no ar.
E um desenho que poderia ser uma obra-prima acaba de modo muito insatisfatório. Uma pena mesmo.

Mudando de assunto, estou aproveitando as madrugadas para ler.
Outro dia eu li “D de Dívida”, que conta a história de uma detetive em Los Angeles. O livro começou de forma interessante mas rapidamente perdeu o rumo.
Eu realmente detesto quando o escritor começa a encher lingüiça, contando nos mínimos detalhes como são os lugares onde se encontram os personagens de seus livros. Acho isso um recurso fraco para aumentar o número de páginas do livro.
E em “D de Dívida”, em cada lugar por onde passa a protagonista, o autor descreve nos mínimos detalhes.
Li até metade e depois o encostei, sem dó. Minha paciência já estava no limite.


FOTO ACIMA: Hercule Poirot, detetive de "Os Crimes ABC"

Depois que larguei o “D de Dívida” fui para outro livro, “Os Crimes ABC”, de Agatha Christie. Digo que este é um dos melhores livros dessa autora que li. Sem informações inúteis, sem enchimento de lingüiça, um divertimento de primeira!
Tenho mais dois livros de Agatha Christie para ler nos próximos dias, ainda bem!

Vou nessa!
Semana que vem eu volto falando de mais desenhos (sim, tenho mais para ver) e outras cositas mas!
Grande abraço!

sábado, 29 de março de 2008

O que eu ando fazendo!

FOTO ACIMA: Cena do belíssimo "5 Centimeters Per Second"

Estou aproveitando que não tenho alugado filmes para ver desenhos.
É isso mesmo, estou evitando ao máximo de ir à Supervideolocadora, pois meu filho menor simplesmente não deixa ninguém lá de casa sentado por muito tempo. Não consigo nem imaginar de onde ele tira tanta energia, ele é um dínamo de energia inesgotável.
Quem me conhece sabe que adoro desenhos animados, e como eles são geralmente mais curtos do que os filmes, estou aproveitando e colocando em dia vários animes (desenhos animados japoneses).
FOTO ACIMA: O menino Gen chora de tristeza em "Gen - Pés Descalços"

Pra começar vi o anime em longa-metragem “Gen – Pés Descalços”.
Baseado nos mangás de Keiji Nakasawa, o desenho conta a história real de Gen (alter-ego do autor), um garoto que sobrevive à explosão da bomba atômica de Hiroshima. O desenho é da década de 80 e é, no mínimo, impressionante!
Começamos vendo o dia-a-dia da família de Gen, suas aventuras para conseguir algo para comer numa Hiroshima que já sentia os efeitos da Segunda Grande Guerra. Conhecemos a família de Gen, seu pai honesto e trabalhador, sua mãe grávida, sua irmã protetora, e seu irmão menor – uma das figuras mais simpáticas que já vi num desenho animado.
A vida da família é dura, mas todos se amam e vivem em harmonia mesmo com todas as dificuldades.
Então os EUA lançam a bomba atômica na cidade. O desenho não poupa o espectador. Pessoas de todas as idades, incluindo bebês, têm os corpos despedaçados, os olhos se despregam de suas faces, e ainda começam a vomitar as próprias tripas. Tudo voa pelos ares! A seqüência da explosão da bomba é de uma tristeza esmagadora. Como um país pôde mandar uma bomba dessa magnitude, chacinando milhares de pessoas num instante?
Na segunda parte do desenho, acompanhamos Gen tentando sobreviver em meio ao caos e procurando comida para sua mãe grávida, que já estava desnutrida.
Acontece algo no fim do desenho que é de deixar qualquer um arrasado de tristeza. Pra chorar por uns 10 minutos, no mínimo.
“Gen – Pés Descalços” é uma obra-prima. Às vezes o desenho é alegre, triste, dramático, e principalmente muito tocante.
Desenho que todos americanos deveriam ser obrigados a ver.

FOTO ACIMA: A belíssima e ambiciosa Faye Valentine, de "Cowboy Bebop"

Outro anime que eu era louco pra ver era o “Cowboy Bebop”. Finalmente consegui todos os 26 episódios desse desenho, e também o anime em longa-metragem chamado “Cowboy Bebop – O Filme”.
O desenho é sobre um grupo de cowboys (caçadores de recompensa) que vivem na nave espacial Bebop. Daí vem o título do anime.
Os personagens principais são:
- Spike - O “fodão” do desenho. Ele é bom na luta corporal e com as armas. Vive com fome e chuta as coisas que não funcionam. É calado e não comenta nada sobre seu passado.
- Jet – O dono da nave Bebop. Era policial mas uma desventura amorosa e a traição de um amigo o fizeram partir pro espaço.
- Faye Valentine – Bela e fatal, Faye é viciada em jogos de azar, é ambiciosa, não se preocupa com os amigos e não sabe nada sobre o próprio passado.
A história se passa muito no futuro, quando o homem já ocupou vários planetas de nosso sistema solar. Mas as histórias do anime não levam muito em conta o fator “ficção científica”. O desenho é basicamente um drama, com cenas de ação ocasionais.
A qualidade da animação é de babar, com cenas de luta que devem ter dado muito trabalho para serem desenvolvidas.
Mas duas coisas chamam mais a atenção em “Cowboy Bebop”. Uma delas é a personalidade de seus protagonistas. Eles são tão ricos em história e caráter, que quando a série acabou eu fiquei meio que me sentindo sozinho por um tempo. Eles foram uma ótima companhia para mim e curtir as suas aventuras era uma delícia.
Outro elemento que ajudou a fazer a fama de “Cowboy Bebop” foi sua trilha sonora. Minha nossa, o que é aquilo?
Blues, Jazz e Rock and Roll, de altíssima qualidade, num desenho animado é uma coisa raríssima de se ouvir.
Enfim, “Cowboy Bebop” é excelente do primeiro ao último episódio, mas aí vai um aviso: o fim da série é muito, muito triste. O último episódio tem uma cena de morte que é uma das mais belas já realizadas, incluindo aí até filmes.
“Cowboy Bebop” é um desenho que se começa vendo com um certo interesse, achando bacana. Mas por volta do quarto episódio já estamos apaixonados pelos personagens. Pena que foram só 26 episódios. Poderia durar pra sempre.

FOTO ACIMA: A beleza de "5 Centimeters Per Second"

Continuando nos animes, ontem eu vi mais um longa-metragem, apesar de ter apenas 1h de duração. Foi o filme “5 Centimeters Per Second”. Lançado em 2007, o filme não foi lançado oficialmente no Brasil, por isso não tem título nacional.
“5 Centimeters Per Second” se passa na atualidade e é sobre dois jovens que se amam mas não sabem se expressar. Os anos vão se passando e a promessa que eles não fizeram de ficar juntos está cada vez mais difícil de se concretizar.
É um filme introspectivo, com poucos diálogos e uma trilha sonora maravilhosa. Difícil não se emocionar nos 4 minutos finais, com a belíssima música que toca ao fundo.
Mas o charme do desenho é mesmo o visual. Nunca, repito, nunca em toda a minha vida eu vi um desenho tão bonito visualmente quanto “5 Centimeters Per Second”. Cada frame do desenho poderia virar um quadro sem dificuldade. Se você der uma pausa em seu DVD durante qualquer parte do filme, tirar uma foto e mandar imprimir, você terá em mãos uma obra de arte. Só vendo pra crer!

FOTO ACIMA: Mais uma obra de arte em "5 Centimeters Per Second"

Mudando drasticamente de assunto, e a Fórmula1, você está acompanhando?
Comecei o ano decidido a ver todas as corridas e resoluto a torcer por Felipe Massa, que pelo terceiro ano consecutivo pilota o melhor carro, da Ferrari.
Mas aí vem um balde de água fria.
Na primeira curva da primeira corrida ele roda sozinho na pista. Pouco depois, Felipe Massa tenta uma ultrapassagem em um local totalmente inapropriado para tal manobra e bate, tirando outro carro da corrida. Ele continua, mas pára logo em seguida com problema no motor, provavelmente ocorrido pela batida anterior.
A segunda corrida da temporada vem com uma esperança, Massa larga em primeiro. Depois de algumas voltas com seu companheiro de equipe em seu calcanhar, ele perde o primeiro lugar no pit stop. Já em segundo lugar e tentando alcançar o Kimi Haikonnen, eis que Massa roda sozinho na pista seca, atolando o carro nas britas. Mais um erro bisonho!
Como torcer pra um sujeito desses?
Eu gostaria de ver o Massa correndo sem erros, transmitindo confiança ao público brasileiro.
Gostaria de ver o Massa concentrado na prova, atento a tudo.
Gostaria de ver o Massa pisando fundo, se distanciando do segundo lugar, colocando vantagem de tempo em seus adversários.
Mas infelizmente isso não está acontecendo. O que estou vendo é um Massa com déficit de atenção, estabanado nas ultrapassagens, com desculpas esfarrapadas (o erro nunca é dele, é do carro, do vento, da equipe, do cisco no olho...), enfim, imaturo.
Repare como ele é inconstante nas voltas que faz. Numa volta ele é o mais rápido da pista, na outra ele faz 40 décimos a menos, na próxima ele faz 30 décimos a menos e na seguinte ele é o mais rápido novamente...Inconstante!
A pergunta que eu faço é: isso é qualidade para alguém que almeja ser campeão?
Vou ser sincero aqui, Felipe Massa correndo dessa maneira NUNCA será campeão. Ele até irá ganhar alguns Grandes Prêmios esse ano, mas sua imaturidade o impedirá de conquistar o campeonato. Realmente é muito pouco pra quem pilota há 3 anos o melhor e mais famoso carro da Fórmula 1.
O sobrinho de minha esposa fica todo ofendido quando falo do Felipe Massa pra ele, então vou falar desse piloto por aqui mesmo no blog, pois sei que é um local que ele não freqüenta.
Continuo torcendo pro Massa, mas já vi que será a mesma coisa que torcer pra bandido em filme de mocinho.

A gente se fala novamente na semana que vem, com mais desenhos animados.

terça-feira, 18 de março de 2008

Senhor da Guerra


Antes de começar a ler a crítica, quero deixar bem claro o que os filmes do Rambo representam para mim.
Quando “Rambo – Programado Para Matar” estreou em 1982 eu tinha apenas 10 anos e não pude vê-lo no cinema. O problema foi contornado quando meu pai alugou o filme em VHS anos depois. Lembro até hoje que a cópia do filme era pirata, já que o original ainda não havia sido lançado em vídeo.
Assisti a “Rambo II – A Missão” num cinema de Uberlândia em 1987. Na verdade o filme estreou no Brasil em 1985, mas naquela época os filmes de sucesso sempre eram relançados nos cinemas, prática que já não é realizada mais hoje em dia. Mas antes mesmo de ver o “Rambo II” no cinema, eu já o tinha visto numa cópia pirata de vídeo. Naquele tempo ainda era uma prática muito comum de se alugar filmes piratas. Era raro até de encontrar uma locadora só com vídeos originais.
Já o “Rambo III” eu vi pela primeira vez em um cinema de Uberlândia, quando ele foi lançado oficialmente em 1988.
Comecei relatando isso tudo pra você ter uma idéia que os filmes do Rambo fizeram parte de minha infância e adolescência, e são filmes que eu vi e revi várias vezes, sozinho ou acompanhado. Já os vi tantas vezes como outros filmes considerados “clássicos” da minha geração, como “Os Goonies”, “Curtindo a Vida Adoidado” e “De Volta Para o Futuro”.

Dito isso, vamos ao que eu achei do quarto filme da série, “Rambo IV”.

A história começa com Rambo vivendo sozinho na selva da Tailândia, caçando cobras que serão vendidas para uma atração de circo. Um grupo missionário pede para ele que os leve em seu barco até a Birmânia, país que faz fronteira com a Tailândia, pois Rambo é o único que conhece o longo caminho pelo rio. Após a insistência da garota do grupo, Rambo decide leva-los ao país em guerra.

Vou abrir um parágrafo aqui para uma explicação: a Birmânia é um país que vive em guerra civil há mais de 60 anos. De acordo com organizações governamentais, é o país onde se estende o maior conflito armado da história. Logo após as filmagens o país mudou o nome para Mianmar, mas os conflitos continuam.

Não demora muito e o acampamento onde está o grupo missionário é atacado pela milícia local. O ataque é brutal e Stallone (roteirista e diretor) não economiza na realidade das cenas. Pessoas explodem com o impacto dos mísseis, outros voam pelos ares com a ameaça das minas, crianças levam tiros na testa e mulheres são estupradas em pleno campo de batalha.
Tudo isso é filmado de forma bastante gráfica, com muito sangue jorrando para todos os lados. Palmas para Stallone, que não fez um filme para ter baixa censura, para lotar cinemas. E ele ainda jogou na cara do espectador a maneira de como uma guerra é de verdade. Aquilo mostrado na tela é a realidade, e por mais chocante que seja, não lembro de ver um filme que tenha tido coragem de demonstrar tais absurdos de modo tão explícito.
Essa cena é ótima por dois motivos, apresentar o vilões que Rambo terá de despachar e mostrar a crueldade do Capitão da milícia. De cara o espectador pegará raiva do sujeito. Ele será a última pessoa a morrer no filme, já que Rambo reservou uma maneira muito especial de matá-lo (hehe).

Voltando à história, alheio a tudo isso, Rambo é avisado que os missionários foram feitos prisioneiros (inclusive a mulher) e é contratado para levar um grupo de mercenários ao mesmo local onde deixou o grupo anterior.

Não vou contar mais da história, mas a partir daí, Rambo, que sempre procurou viver pacificamente, estará em seu ambiente natural – vivendo novamente uma guerra. “Matar é tão natural quanto respirar”, diz ele.

Prepare-se então para um festival de carnificina. Flechadas, pancadas, tiros e facadas impõem o ritmo da matança. Escoriações, estripações, esquartejamentos, estrangulamentos, cabeças decepadas. Tudo isso regado a muito sangue e num ritmo alucinante promovendo a glória de Rambo, que sabe que nasceu para matar e infligir dor.

Para você ter uma idéia, o jornal ‘Los Angeles Times’ contou quantas pessoas morrem em “Rambo IV”. Ao todo são 236 mortes, quase 3 por minuto de filme. Filme este que é bem pequeno, pois “Rambo IV” tem apenas 1:20h.

Eu daria 4 estrelas para “Rambo IV” se não fossem três defeitos fatais:
1º - Não há “aquela cena”, aquele momento impactante que quando saímos do cinema gostamos de comentar e relembrar. Os três filmes anteriores são recheados desses momentos.
2º - Quantidade não é qualidade. Seria melhor ver 5 mortes bem filmadas do que ver o herói matando 200 inimigos com uma metralhadora.
3º - Não há a famosa cena em que Rambo amarra os cabelos com uma fita vermelha na testa.

Dito isso, admito que gostei do filme. A trilha sonora clássica causa arrepios e os efeitos especiais estão excelentes – repare como é bem feita a cena em que Rambo explode aquela bomba atômica na floresta (sim, ela faz isso!). Os efeitos visuais contribuem muito para o nível de massacre, já que as pernas, braços, cabeças, tripas e sangue que voam pelos ares no filme foram feitos, na maioria das vezes, em computação gráfica. A qualidade dessas cenas é impecável.

No mais, é sempre bom ver Rambo atirar flechas certeiras, mesmo correndo em alta velocidade. É bom demais também torcer para o herói nos momentos tensos. E várias vezes no filme eu me peguei torcendo para ele, assim como fazia muitos anos atrás, com as minhas surradas fitas de vídeo.
Agora é só esperar que “Rambo V” chegue o mais rápido possível aos cinemas, já que este “Rambo IV” faturou muito bem ao redor do mundo. O Stallone não perdeu tempo e já está escrevendo o roteiro.

Enquanto isso, vou ali na Supervideolocadora alugar os filmes anteriores, pois a vontade de revê-los bateu com força. (***)

sábado, 8 de março de 2008

Querem me enlouquecer!

FOTO ACIMA: Pensei em colocar o cantor do "Créu" com um alvo desenhado na testa, mas achei que uma foto da Jessica Biel ficaria bem melhor!

Opa!
Tudo bem?

Vou aproveitar que não estou vendo filmes ultimamente para fazer mais uma atualização diferente. Hoje vou falar sobre dois assuntos, um deles é sobre música.
Aliás, musica não, mas de uma aberração da natureza, algo que creio que você já deve ter ouvido falar ou até mesmo ter tido o imenso desprazer de escutar.
Estou falando da “Créu”.

Todos os anos, principalmente no verão, surge alguma coisa desse nível aqui nesse Brasil. Já fomos vítimas de “Egüinha Pocotó”, “É o Tchan”, “Festa no Apê”, “Vai Lacraia”, “Calypso”, “RBD”, e de outras bandas e “coisas” (que eu não consigo chamar de música).

Sem contar as infinitas duplas sertanejas que brotam aos montes de algum fosso fétido, sempre com as mesmas rimas, com as mesmas capas de cd’s, com os mesmos títulos das músicas, os mesmos cabelos, com uma fórmula que parece ser inesgotável.

Mas agora, essa “Créu” é o fim da picada!
No último domingo acordei ao som desse desastre de proporção catastrófica e fiquei com dor de cabeça o resto do dia. O vizinho arrebentou suas caixas de som no volume máximo com a “Créu” e eu, pobre coitado, quase desejei morrer. As janelas da casa do sujeito tremiam e a minha cabeça ficou estourando de dor o dia inteiro.

Às vezes, alguém liga para a rádio pedindo essa coisa. A voz do outro lado da linha pergunta: “Ceis tem a Créu?”.
Ou então é assim: “Ceis passa a Créu?”.
Pelo visto o nível de inteligência das pessoas que escutam essa monstruosidade está no mesmo patamar da música.

Outra coisa que não consigo entender é esse meu vizinho, que escuta “Créu” e logo depois coloca um Queen. Como uma banda tão boa, com tantos clássicos, pode rodar no mesmo CdPlayer que toca a “Créu”?
Eu não entendo! Eu não entendo! Será que querem me enlouquecer?

FOTO ACIMA: Celular com câmera de última geração!

Outro assunto que quero falar é sobre o celular.
Quando perguntam para mim o número de meu celular e eu digo que não possuo o aparelho as pessoas costumam ficar quase chocadas.
O fato é que as empresas que comercializam as linhas investem tanto em marketing que as pessoas sentem necessidade de possuir um celular.

Eu não tenho interesse algum em cair na armadilha dessas empresas por dois motivos.

Primeiro – Não vejo razão em possuir um celular.
Quando não estou em casa eu estou no trabalho, e nos dois lugares tem telefone. Incrível, não?
É mesmo impressionante!
De quê serviria um celular nesse caso? Quem quiser falar comigo é só ligar para um desses dois locais. Simples, não é?
Mas aí vem alguém e pergunta: “como você faz quando vai viajar?”.
Será que as pessoas não viajavam antes da criação do celular? Não tem um orelhão em cada posto na estrada?
Em todas as viagens que fiz eu só tive problema em uma, que foi contornado facilmente quando alguém parou no acostamento para me ajudar.

Segunda razão – Eu tenho raiva de celular, eu admito.
Raiva das pessoas se sentirem obrigadas a possuir o aparelho.
Raiva de estar no cinema e um celular qualquer tocar, me desconcentrando.
Raiva de algum mal-educado que passa na rua gritando ao aparelho.
Raiva de estar num bom bate-papo e o celular do outro tocar, interrompendo a conversa.
Raiva daqueles aborrecentes que ficam dando “toques” nos celulares dos colegas sem parar, vez após outra.
Raiva dos que ligam de celular a cobrar para o meu trabalho.
E ainda tem aqueles que sempre mudam o número do celular, como um rapaz que trabalha comigo, que já trocou de número e de operadora inúmeras vezes.
Haja saco!
Aposto que você já passou por pelos menos cinco das situações citadas acima.

Eu só teria um celular em duas ocasiões:
Se eu fosse um vendedor autônomo, desses que não param em lugar algum.

Ou então se eu fosse um empresário com 3 lojas (uma matriz e duas filiais).
Se eu tivesse apenas duas lojas eu ainda não possuiria celular. Ora, se eu não estivesse numa loja eu estaria na outra.

O problema é que as pessoas sofreram lavagem cerebral e se sentem na obrigação de ter um celular. Muitas realmente precisam do aparelho, mas a grande maioria tem por ter, pra falar que tem.

Na próxima semana eu volto para mais uma atualização. Isso se eu não der muitas cabeçadas na parede e vir a falecer, é claro.
Abração!

sábado, 1 de março de 2008

"Rattlesnakes" - Lloyd Cole (Um Relato)


Acima, capa do disco "Rattlesnakes"

Que bom estar novamente com você, para mais uma atualização. Espero que me perdoe sobre o assunto de hoje, pois vou aproveitar que não fui à Supervideolocadora alugar filmes e fazer uma atualização diferente.

Há muito tempo quero falar sobre o disco que marcou minha vida, “Rattlesnakes”, primeiro álbum da banda Lloyd Cole and the Commotions.
O disco foi lançado originalmente no fim de 1984, mas só tive a oportunidade de escutá-lo no início de 1990.
Já comentei sobre ele aqui nesse blog, mas gostaria de deixar as minhas impressões de cada música do álbum, o que eu senti quando escutei cada canção pela primeira vez.


A primeira música do disco foi justamente a música de trabalho (aquela que toca nas rádios primeiro). “Perfect Skin” tem uma levada dançante, com guitarras e violões fazendo muito barulho e a indefectível voz de Lloyd, que consegue a proeza de cantar um rock agitado com melancolia. Lembro que quando a ouvi, causou uma boa impressão em mim, mas nada extraordinário, pensei. Eu nem imaginava que ouviria aquela mesma música outras 17.854.687 vezes!

A segunda canção, “Speedboat”, é melhor. Maior do que a primeira e ainda agitada, a música serve com um bom cartão de visita do som de Lloyd Cole, que como já disse antes, consegue imprimir uma tocante melancolia até nas mais agitadas canções. Repare como ele só canta o refrão inteiro na última estrofe da música, tornando-a mais atraente e misteriosa. “Speedboat” chamou muito a minha atenção e, de cara, passei a me identificar com o som da banda.

“Rattlesnakes”, a canção que dá título ao disco, é bem rock and roll. Rápida, com uso de sintetizadores e com o som do contrabaixo em destaque. A música é certeira em seu propósito, simples e efetiva. A essa altura eu já estava gostando muito, mas muito mesmo, da banda. E ainda só estava na terceira música.

“Down On Mission Street” é a primeira baladinha do disco. E que música linda! A voz grave e cheia de falsetes de Lloyd Cole não ficou menos do que perfeita nessa canção. Nessa hora eu já queria muito comprar o disco.

Então começou a “Forest Fire”.
Foi aí que tomei o primeiro soco no estômago naquele dia. Em certa parte a letra diz:
“I believe in love
I’ll Believe in anything
That’s gonna get me what I want
And get me off my knees”.
Algo como: “Eu acredito no amor, eu acreditarei em qualquer coisa, que me dê o que eu quero, e que me levante de meus joelhos”. Achei fenomenal tudo isso, e a letra inteira cheia de metáforas para a paixão, muito poderosa.
Com o ritmo sempre crescente e com um final instrumental grande e apoteótico, “Forest Fire” é uma das mais belas músicas que já ouvi. Eu já estava fisgado. Faltava ainda um lado inteiro do disco e eu já estava completamente apaixonado pela banda.


O lado B começa com “Charlotte Street”. Canção eficaz dentro de seu propósito de abrir bem o lado menos comercial do disco. Lembro que nessa época o CD ainda estava engatinhado e os discos de vinil reinavam absolutos. Bonita música, bem tocada e cantada, mas nada impressionante.

A próxima do disco tem um nome estranho para os brasileiros. “2cv” é o nome de um carro francês da Citroen. Também é o nome de mais uma sensacional canção do disco, totalmente tocada só com um violão e a voz de Lloyd. A melancolia do cantor atinge um ponto alto nessa canção, tanto pela excelente letra como pela irresistível melodia. A frase final da canção, que é dita repetidas vezes, ficou ecoando pela minha cabeça: “We were simply wasting precious time”.
Belíssima canção!

“For Flights Up” é pequena e agitada. Por essa música dá pra se ter uma idéia do potencial vocal de Lloyd Cole, que canta sem engolir palavras, com muito fôlego e o principal, com classe. Repare como a canção, mesmo “quente”, transmite uma certa aura de tristeza.

“Patience” começa com algo inédito até ali, um coro com vozes femininas. A voz de Lloyd atinge agudos impressionantes nessa canção, que tem uma letra cativante e uma melodia irretocável. Uma das minhas preferidas entre todos os discos lançados por ele.
A partir daí eu já tinha a absoluta certeza que, daquele momento em diante, eu não teria somente aquele disco especificamente, mas TODOS os discos e seria o “fã número 1” de Lloyd Cole em todo mundo. Mas ainda faltava escutar a última música do disco.

O que eu posso dizer de “Are You Ready To Be Heartbroken”?
Que é linda? Maravilhosa? Perfeita?
Poderia arrumar qualquer outro adjetivo para a canção, mas isso não mudaria o fato de “Are You Ready To Be Heartbroken?” ser a MAIS BELA MÚSICA QUE JÁ OUVI EM TODA MINHA VIDA!
Ela tem um pouco mais de 2 minutos, não tem refrão e não tem pretensão. Mas naquela hora eu levei o segundo soco no estômago do dia. O estrago já estava feito.

Aí está o meu relato de como me senti ao escutar “Rattlesnakes” pela primeira vez. O disco tem pouco mais de 34 minutos de duração, mas são os minutos que fizeram toda a diferença em minha existência, daquele momento em diante.
A partir daí eu adquiri todos os discos dele. Alguns bons e outros razoáveis, mas pelo menos dois são obras-primas, o “Don’t Get Weird On Me, Babe” e o “Love Story”. Esses dois álbuns são perfeitos da primeira à última música!


Com o passar do tempo, fui apresentando o som de Lloyd Cole para outras pessoas, conhecidos, colegas de trabalho e amigos. Para minha tristeza, nunca aconteceu da música dele apresentar o mesmo efeito que senti em outra pessoa. Mas essa situação eu admito como um equívoco meu.
Música é cultura. E a cultura, como forma de arte, atinge as pessoas de modo diferente. O que é belo pra você pode não ser belo para mim. Mas como sou um estúpido eu custei a aprender essa lição.
Um recado para as mulheres que reclamam que não tem fotos de homem no meu blog: aproveitem esse post pois voltaremos ao normal na próxima atualização, com o que realmente interessa, mulheres!
A gente se vê daqui uns dias. Abração!

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Zumbis famintos atacam Londres!

Oi, tudo bem?
Prometi a uma amiga contar alguma passagem curiosa de minha vida, mas como não lembrei nada de interessante vou ficar no básico feijão com arroz mesmo, as críticas de filmes. Espero que ela não fique decepcionada comigo, hehe.
Na última semana aluguei três filmes na Supervideolocadora, mas só consegui ver dois deles. Aí estão:

Na foto acima, Robert Carlyle corre pra salvar seu couro de zumbis que o perseguem.

“Extermínio 2” – Terror
Após a morte de todos os zumbis que habitavam Londres, a cidade começa a receber os primeiros civis. Eles moram numa pequena parte sitiada por militares americanos, que estão sempre na vigília com seus poderosos armamentos, caso surja alguma outra pessoa infectada e faminta por carne humana. É claro que o perigo ainda ronda o local, e a coisa piora quando dois adolescentes quebram o cerco e se dirigem até o outro lado de Londres, visitar sua antiga casa.
O primeiro “Extermínio” é um filmão. Ela conta a história de um sujeito que acorda do coma em um hospital e se descobre no meio de uma Londres deserta e devastada por perigosos zumbis.
“Extermínio 2” já começa com a ameaça dos zumbis neutralizada e com as pessoas voltando para reativar a cidade.
O bom é que o filme prepara todo um clima antes de começar a carnificina. Vemos os dois adolescentes percorrer uma Londres totalmente deserta e silenciosa. E é justamente esse silêncio uma parte assustadora do filme, pois aumenta ainda mais o grau de solidão dos personagens. A sensação de algo à espreita fica ainda mais palpável diante de tal recurso empregado pelo diretor. Outro fator favorável à produção foi a escolha do ator Robert Carlyle como protagonista. Acostumado a dramas, o ator se sai muito bem em seu primeiro filme de terror, especialmente no início do filme. A cena a que me refiro se passa quando ele, sua esposa e um outro grupo de pessoas são atacados por uma horda faminta de zumbis. Repare como ele quer ajudar a esposa e não consegue. Tudo que resta para ele é fugir covardemente. Mas isso é o que ele pensa, ele se acha um covarde mas se pensarmos bem, não havia maneira alguma dele salvar a esposa. O ator se sai muito bem na conclusão desta cena, quando diz para os filhos o que aconteceu com a mãe.
Da metade em diante o filme é uma carnificina. É um corre-corre com os poucos sobreviventes tentando chegar a algum local seguro.
Outro diferencial de “Extermínio 2”, assim como do filme anterior, são seus zumbis rápidos e ágeis, se diferenciando dos zumbis de outras produções, que normalmente são lerdos. É realmente assustador ver um zumbi atacando com toda sua fúria e urgência por carne.
Os efeitos especiais e a maquiagem também são ótimos! Filmaço, superior ao primeiro, que já era muito bom. (****)

“O Vigarista do Ano” – Drama
Passado na década de 70, o filme conta a história real de Clifford Irving, que é um escritor frustrado, pois seus livros nunca são publicados. Certo dia ele tem a idéia de passar todos para trás, seus agentes, a editora e os leitores, escrevendo uma falsa biografia “autorizada” sobre o recluso milionário Howard Hughes. Ele consegue enganar todo mundo, mas as coisas se complicam quando ele começa a acreditar nas próprias mentiras.
Drama leve e às vezes até engraçado, pois o filme mostra as estripulias que o escritor tem de fazer para enganar os altos executivos. O filme se beneficia muito da experiência de seu astro, Richard Gere, que compôs um personagem de caráter duvidoso sem perder seu charme.
Parte do lado engraçado se deve também às ótimas intervenções do parceiro de Clliford, interpretado pelo excelente ator Alfred Molina, que caracteriza seu personagem de um jeito bonachão e covarde.
O mais interessante da história é que só os personagens de Gere, Molina e da esposa do escritor não percebem que tudo aquilo que estão fazendo, todas as mentiras, enganos e trapaças, poderiam acabar mal. É claro que todos irão se dar muito mal no final.
Como eu disse no início, o filme se baseia em fatos. Clliford Irving está vivo até hoje.
(***)

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Mais alguns filmes pra você!


Olá, como vai?
Como você pode perceber eu mudei a forma de qualificar a qualidade dos filmes. Antes eu dava a nota de 1 a 10. Resolvi fazer de um modo mais simples, qualificando os filmes de uma até cinco estrelas.
Resumindo bem simplificado, agora ficou assim:
(*) – porcaria, muito ruim, fuja o mais rápido que puder
(**) – ainda é ruim, mas dá pra se tirar algum proveito
(***) – bom filme, pode alugar que não será dinheiro jogado fora
(****) – muito bom, alugue sem hesitar, para ver e rever
(*****) – pare o que estiver fazendo e veja imediatamente, obra-prima

E então, preparado para mais algumas críticas de filmes?
Não se esqueça, todos são alugados na melhor videolocadora da região, a Supervideolocadora!

“Hollywoodland” – Drama
O filme conta a história do ator George Reeves, que interpretou o Superman no seriado do herói da década de 50. É basicamente a história dos últimos anos de vida do ator, seu caso com uma mulher mais velha, Toni Mannix, casada com um poderoso chefão de estúdio, e de sua amargura de não conseguir fazer cinema. Isso aconteceu por ele ter sido estigmatizado no papel do Superman. Certo dia o ator morre com um tiro na testa e todos chegam à rápida conclusão de que foi suicídio. Menos a mãe de George Reeves, que contrata o detetive Louis Simo para investigar o caso.
“Hollywoodland” apresenta duas histórias paralelas. Uma delas é contada em flashback, mostrando a vida de George Reeves, seus casos amorosos, seu ódio pelo Superman, sua grande insatisfação por não ser chamado para fazer cinema e sua decepção com a própria vida.
A outra parte da história se passa após a morte de Reeves, com o detetive Louis Simo investigando o possível assassinato do ator.
O filme tem qualidades de sobra. Há muito tempo Ben Affleck não representa tão bem um personagem. Seu George Reeves é expressivo, tem vida, energia e esbanja otimismo e alegria. Ao mesmo tempo o ator transmite uma melancolia quase palpável nos últimos dias de vida do ator. O trabalho de Aflleck é de encher os olhos!
Já Adrien Brody tem mais um personagem inesquecível na sua galeria de boas interpretações. Seu Louis Simo é um detetive malandro, que gosta de aparecer e de ganhar dinheiro fácil. Mas, ao mesmo tempo em que ele se aprofunda na investigação e vai conhecendo mais sobre George Reeves, vai adquirindo determinação para descobrir o que realmente aconteceu com o ator. Com isso, um personagem que no início era amoral, ganha simpatia e respeito do espectador. A jornada de Simo dentro do filme o leva ao auto-descobrimento, e ao fim do filme ele se torna uma pessoa muito mais digna. Adrien Brody realmente fez um belo trabalho no filme.
Repare como as duas histórias de “Hollywoodland” são filmadas de modo diferente. Quando o filme foca a vida de George Reeves a câmera está sempre parada, em enquadramentos elegantes, mostrando o mundo glamourizado onde vive o ator, o mundo das celebridades. Já quando o personagem principal é Louis Simo, a câmera está sempre em movimento, acompanhando Adrien Brody em todos os lugares, tremendo, trepidando. É uma diferença sutil, mostrando que não estamos mais no mundo das ricas celebridades, mas sim no mundo cão dos investigadores, das ameaças e de confronto físico.
“Hollywoodland” apresenta questões curiosas sobre o “suicídio” de George Reeves, como:
Por que a cápsula da bala foi encontrada na cama debaixo do corpo do ator? Como ela foi parar lá?
Por que a pistola usada pelo ator não tinha impressões digitais?
Por que havia mais dois buracos de bala no chão, ao lado da cama?
Por que as pessoas que estavam na casa do ator na hora do disparo demoraram 45 minutos pra chamar a polícia?
São perguntas que ficarão para toda eternidade, já que até hoje o caso é encarado pela polícia de Los Angeles como “suicídio”.
Com isso o filme tinha tudo para ser perfeito, mas na verdade ele apresenta um grande problema. Há uma trama paralela (uma investigação que Simo realiza sobre um adultério) que além de ser chata, desvia o foco da história original, não acrescenta absolutamente nada à narrativa e sempre ocupa minutos preciosos do filme, tornando o filme grande e um pouco cansativo.
Se não fosse por essa trama paralela eu daria quatro estrelas para “Hollywoodland”. (***)



“Premonições” – Suspense
Sandra Bullock interpreta uma dona de casa que vê sua vida cada vez mais monótona ao lado do marido e das duas filhas. Certo dia ela acorda e descobre que o marido morreu em um acidente de carro. No dia seguinte ela acorda e o marido está lá, vivinho, tomando café naturalmente. Sem entender nada do que está acontecendo, ela encara esse acontecimento como uma nova oportunidade de voltar a ser feliz. Isso até quando ela acorda no outro dia e percebe que o marido continua morto. Além disso, sua filha mais velha aparece com estranhas cicatrizes no rosto.
Suspense com a simpática e bonita Sandra Bullock, atriz que já começa a sentir a passagem do tempo com o surgimento das primeiras rugas, bem disfarçadas pela maquiagem.
Pena que o tempo passa e a atriz não consegue fazer bons filme e nem emplacar um bom papel. Esse “Premonições” é ruim com força.
A personagem custa a descobrir uma coisa que os espectadores mais ligados descobrem de primeira: ela está pulando os dias! Ela dorme na segunda e acorda na quarta, ou então dorme na terça para acordar no sábado. Qualquer pessoa mais atenta descobre esse fato da história com o mínimo de esforço, mas a dona de casa vivida por Sandra Bullock é burra de dar dó!
Quando finalmente descobre o que acontecendo, ela tem várias oportunidades para mudar o trágico destino, mas, ao invés disso, começa a agir como uma idiota, pondo tudo a perder.
Arrastado, sem provocar o mínimo de suspense, com heroína burra e um roteiro raso, “Premonições” ainda apresenta em seu último take, no último segundo de filme, uma cena terrivelmente constrangedora. (*)



“Pecados Íntimos” – Drama
Sarah (Kate Winslet), ignorada pelo marido, e Brad (Patrick Wilson), sufocado pela esposa controladora, engatam um romance que serve como forma de liberdade para ambos de suas vidas frustradas. Ao mesmo tempo um maníaco pedófilo (Jackie Earle Haley) é posto em liberdade e passa a morar no bairro com a mãe. Um ex-policial começa a tornar a vida do pedófilo um inferno, sempre o perseguindo com acusações, e nunca o deixando em paz.
Drama bem dirigido com ótimos atores e com uma história densa e intensa.
“Pecados Íntimos” apresenta uma curiosidade adicional, pois é narrado por uma voz onisciente, recurso diferente muito bem bolado pelos criadores do filme.
O filme ainda consegue fazer o espectador se simpatizar por uma figura completamente malvada, o pedófilo, justamente pelo brilhante desempenho do ator Jackie Earle Haley. Repare como ele vai a uma piscina pública com o intuito de observar as crianças nadando.
Uma cena muito sutil apresentada no filme é justamente com este personagem: a cena acontece quando ele está em um restaurante com uma garota que acabara de conhecer. Os dois estão sentados em lados opostos da mesa. Na mesa de trás há algumas crianças se divertindo. Em uma parte da conversa a garota se inclina para frente para contar algo que é embaraçoso para ela, tampando a visão que o maníaco tinha da mesa das crianças. Imediatamente dá pra perceber a frustração no rosto dele por não poder mais ver a mesa. Essa é uma cena rápida e passará batida se o espectador não prestar bem a atenção.
Este é um daqueles dramas em que todas as histórias de todos personagens caminham separadamente até se juntar num final apoteótico e emocionante. Mas o final não tão apoteótico e emocionante com se esperava e as expectativas são frustradas até certo ponto. Por pouco “Pecados Íntimos” não leva cinco estrelas. (****)

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Super-Mega-Hiper-Ultra-Atualização!


Aí está a super-atualização que prometi no início da semana.
Vou aproveitar esse espaço e elogiar os donos da Supervideolocadora, único local em que alugo os filmes. O Geovane e a Nilda não cansam de me surpreender com seu carisma, boa vontade, simpatia e educação.
Às vezes eu fico pensando qual seria o segredo do sucesso desses dois, afinal de contas eles têm 5 lojas na cidade. Está na cara que eles trabalham muito e estão sempre perto dos clientes, ajudando a escolher filmes. Mas além disso, creio que o segredo do sucesso dos dois é mesmo a PESSOA deles. É difícil olhar para essas duas pessoas e não sentir uma enorme simpatia pelo jeito de ser dos dois.
Aí estão os filmes:

“Inimigos do Império” – Ação
Irmão mata o rei de um grande império chinês para usurpar o poder e tomar sua rainha. Ao mesmo tempo ele manda matar o príncipe, herdeiro direto do trono. Mas o príncipe escapa e retorna ao reino para obter respostas sobre a morte de seu pai.
Este é um filme do mesmo gênero de outros sucessos chineses como “O Tigre e o Dragão”, “O Clã das Adagas Voadoras” e “Herói”. Inclusive a atriz Zhang Ziyi, que esteve nestas três produções, é a atriz principal deste “Inimigos do Império”.
Como sempre a produção é impecável. A reconstituição de época, figurinos, cenários, tudo é deslumbrante. A trilha sonora é linda e os atores brilhantes. Infelizmente o diretor erra a mão em algumas cenas, como quando o exército do rei invade a casa de teatro no início do filme. Nesta seqüência, os atores do teatro dão as suas vidas de modo gratuito para os soldados. E o pior, na hora de sua morte, eles ficam fazendo poses circenses para seus assassinos, que os matam com a maior facilidade do mundo. Uma cena como essa logo no início pode matar um filme.
“Inimigos do Império” vale mesmo pelas últimas cenas, que ocorrem na hora do banquete, dentro do palácio. O que acontece nessa hora vale por todo o filme.
No mais, “Inimigos do Império” é um pouco confuso em algumas partes e não tem as lutas brilhantes como as que estamos acostumados a ver em produções desse tipo. Por isso vou dar uma nota baixa, mas é filme que se você tiver boa vontade, poderá ter algum divertimento. (**)

“Os Mensageiros” – Terror
Família se muda da cidade grande para uma casa de campo, em uma cidade do interior. O que eles não sabem é que naquela casa, anos atrás, ocorreu um terrível e brutal assassinato que vitimou uma família inteira. E esses mortos do passado não irão deixar a nova família ocupante da casa em paz.
Tem uma coisa que eu nunca entendo nos filmes de terror com fantasmas. Repare só como os fantasmas sempre aterrorizam os inocentes, para que estes encontrem o(s) culpado(s) pelas suas mortes. Só assim os fantasmas deixam os inocentes em paz e vão consumir sua vingança contra os verdadeiros culpados, geralmente sempre no fim dos filmes. Agora eu pergunto: por que os fantasmas não aterrorizam logo e diretamente os culpados pelas suas mortes? Eu mesmo respondo a essa questão, dizendo que assim não teríamos suspense e nem a reviravolta final que irá revelar a identidade do assassino.
Voltando ao filme, “Os Mensageiros” conta com bons efeitos, alguns sustos e com a beleza e talento da jovem atriz Kristen Stewart. Guarde esse nome porque essa menina vai longe.
Apesar das qualidades, “Os Mensageiros” não apresenta nada de novo e cai em alguns clichês do gênero, mas mesmo assim ainda vale uma conferida. (***)

“O Homem Duplo” – Ficção
Keanu Reeves interpreta um policial que se faz passar por um traficante. O intuito dele é descobrir o principal fornecedor de uma droga experimental, que já viciou mais de 20% da população do planeta. O problema é que, para passar mais credibilidade ao disfarce, ele próprio se tornou um viciado.
Dirigido por Richard Linklater, o mesmo de “Waking Life” e baseado na obra de Phillip K. Dick, o filme emprega a curiosa técnica da rotoscopia. Essa técnica funciona da seguinte maneira: o filme é todo feito do modo tradicional, com atores e locações. É também editado de modo normal. Só que no processo de finalização, na pós-produção, artistas e desenhistas “colorem” todo o filme. Isso é, desenham por cima de toda película, quadro a quadro. O resultado é curioso e ao mesmo tempo belíssimo de se ver.
“O Homem Duplo” ainda apresenta ótimas atuações de Woody Harrelson e de Robert Downey Jr.
Com a técnica da rotoscopia, eu custei a perceber que a atriz principal era a Winona Ryder, que admiro muito pelo talento e beleza.
No final das contas o filme vale mais pelos diálogos interessantes e pela rotoscopia, mas exige muita atenção do espectador, pois a história pode ser um pouco confusa para aqueles que não prestam muita atenção ou que perdem algum pedaço do filme para ir ao banheiro ou pegar um Coca na geladeira. (***)

“Espíritos 2 – Você nunca Está Sozinho” – Terror
Pin e Ploy nasceram gêmeas siamesas. O amor entre elas é muito forte e a imensa ligação que as une, em todos os sentidos, é motivo de orgulho para todos. Até que Pin se apaixona e decide se separar de Ploy, que ciumenta, faz de tudo para acabar com aquela relação. A cirurgia dá errado e só Pin sobrevive. Com um enorme peso na consciência, Pin se muda com o namorado da casa onde sempre viveu com a irmã. Mas o fantasma de Ploy não a deixará em paz.
Dirigido pelos mesmos diretores tailandeses de “Espíritos – A Morte Está ao Seu Lado”, esse “Espíritos 2”, apesar do nome, não é uma continuação direta do primeiro, sendo uma história sem vínculo algum ao filme anterior. A única coisa que os une são os mesmos diretores e a história sombria de fantasmas vingativos.
A atriz principal do filme é linda e expressiva e a história é eficiente em causar sustos no espectador. O filme ainda apresenta uma grande surpresa quase no fim, mudando radicalmente a trajetória do roteiro e enganado o espectador de forma brilhante.
“Espíritos 2 – Você nunca Está sozinho” não é melhor do que o “Espíritos – A Morte Está ao Seu Lado”, mas mesmo assim é uma diversão eficiente e vale a pena ser locado. (***)

“Alpha Dog” – Drama
Por causa de uma dívida de US$ 1000, um jovem traficante de drogas e seu bando raptam o irmão do outro traficante que lhes deve o dinheiro. No início todos levam na brincadeira, inclusive o próprio seqüestrado. Ele é bem tratado pelos seus raptores, que o levam para festas e o apresentam a belas garotas. Ele chega inclusive a ficar amigo do seu “vigia”.
Enquanto os pais do raptado se desesperam com o sumiço do filho, o seqüestrador toma uma decisão radical que mudará a vida de todos. E o que se iniciou como quase uma brincadeira inocente irá terminar numa sangrenta tragédia.
Esse é mais um daqueles filmes em que playboyzinhos dão uma de bandidos, com suas roupas descoladas, maneirismos de malandros e vocabulário raso. Todos ingerem drogas com se fosse um ato corriqueiro e legal perante a lei. Mas esse detalhe só serve para enriquecer o filme.
Chega a ser incrível ver um ator jovem como Emile Hirsh, que sempre interpretou nerds sem jeito, dar uma de malandrão como se tivesse nascido para isso. Salta aos olhos a interpretação de Ben Foster, como o irmão do seqüestrado. Ele é neurótico, sádico, violento e viciado. Mas é um doce ao lado do irmão, tratando-o com muito carinho.
O filme ainda apresenta pequenas pontas de dois astros consagrados. Bruce Willis aparece pouco, mas com a competência de sempre. Sharon Stone interpreta a mãe do garoto raptado e se destaca no fim do filme, quando faz um depoimento emocionante a um programa de TV.
Mas a maior surpresa de “Alpha Dog” acabou sendo a ótima e inesperada interpretação do cantor Justin Timberlake, como o vigia do garoto seqüestrado. Ele tem futuro no ramo!
“Alpha Dog” não é um filme para todos os gostos. Mas se você se interessou pela história e resolver conferir, pode ter certeza que a experiência será muito satisfatória.
Uma última informação: a história do filme é (infelizmente) real.
Eu gostei muito! (****)

“Notas Sobre Um Escândalo” – Drama
Professora veterana de uma escola estadual de Londres se apaixona pela nova professora de arte. A professora novata, casada e com dois filhos, começa a se relacionar com um aluno. Sabendo do caso extraconjugal da novata, a veterana usa de artimanhas para se aproximar e destruir a vida da nova amiga. O intuito dela é ter a nova professora só para ela.
Esse é o típico filme pelo qual eu passo por ele na locadora e não levo, esperando encontrar algum outro melhor. Mas arrisquei e acabei tendo uma bela surpresa, pois o filme é ótimo.
É um drama denso, com duas atrizes de primeira e uma história com diálogos afiadíssimos, proporcionando uma maior imersão do espectador, que ficará vidrado até conhecer o desfecho da narrativa.
Judi Dench e Cate Blanchet (lindíssima) dão um show! Repare também na atuação de Bill Night, o marido traído. Ele interpreta com tanta naturalidade que acaba transmitindo uma imensa credibilidade e simpatia ao personagem.
Se você curte dramas não perca esse filme de modo algum! (****)

“O Ultimato Bourne” – Ação / Espionagem
Jason Bourne resolve descobrir de uma vez por todas quem ele é. Para isso ele terá de ser mais rápido e inteligente do que nunca, já que todos querem ver um buraco de bala em sua testa.
Depois de “Identidade Bourne” e “A Supremacia Bourne”, chega o (aparentemente) último filme da série.
E o filme é excelente! Matt Damon corre, pula prédios, atira, pilota motos loucamente e engana altos funcionários do Serviço Secreto. Tudo isso com muita naturalidade e charme.
O único “senão” que eu faço ao filme, é que você precisa ver os anteriores para entender esse. Quem assistir a esse filme primeiro ficará boiando, sem entender praticamente nada. Mas, para aqueles que já acompanham a série, a experiência será mais uma vez inesquecível.
Jason Bourne já colocou seu nome ao lado de outros grandes nomes do cinema de ação, como James Bond e John McLane.
Filmão! Meu único conselho é: veja os filmes anteriores antes. (****)

“O Hospedeiro” – Terror
Governo coreano despeja centenas de litros de material tóxico e radioativo no Rio Han. Anos depois, uma imensa criatura emerge do rio e ataca os cidadãos. Depois que a pequena filha de um comerciante é levada pela criatura, o governo coreano leva as pessoas que tiveram contato físico com o animal para um hospital e as coloca sob quarentena, alegando que estão infectados por um vírus desconhecido. Certa noite, o pai da menina literalmente “engolida” pelo animal, recebe um telefonema de sua filha. Sim, ela está viva! Como o apetite da criatura é grande, ela terá de encontrar uma saída do esgoto onde foi largada pelo bicho.
Este é o longa de maior bilheteria do cinema coreano em todos os tempos, e não é pra menos, o filme é sensacional!
Começando pelos atores. É difícil não gostar da família que teve a filha raptada pela criatura. Todos são incrivelmente carismáticos. A cena em que eles se desesperam pela “morte” da filha é hilária e ao mesmo tempo muito emotiva. Só mesmo vendo para entender.
Outro ponto a favor é a direção sem concessões. A criatura mata sem dó e sem piedade velhos, mulheres e crianças. Muito diferente se fosse filmado em Hollywood, para uma platéia besta e politicamente correta.
Mas o que vem à mente do espectador quando o filme acaba são os extraordinários efeitos especiais. O primeiro ataque do monstro, que acontece logo no início do filme, é realizado em plena manhã. Então, em “O Hospedeiro”, não há aquele famoso recurso de abusar dos efeitos especiais à noite, para esconder as imperfeições.
O modo como o monstro se movimenta, usando o rabo para alcançar grandes alturas, também é muito bacana.
A única coisa que não me agradou completamente em “O Hospedeiro” foi a trilha sonora, mas as qualidades são tantas que esse é um defeito que dá pra relevar completamente.
Filmaço, não deixe de ver de jeito nenhum! (****)

No meio de tantos bons filmes, escolhi o “O Hospedeiro” para ilustrar esse post.
Na semana que vem eu volto por aqui, agora sem pausas. Já estou com os próximos três filmes em casa para fazer crítica e colocar aqui no Blog. Semana que vem eu estou aqui.
Hasta la vista, babe!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

"Eu Sou A Lenda"


Olá, há quanto tempo!
Depois de quase três semanas de sumiço, volto para mais uma atualização.
Detesto ficar tanto tempo sem atualizar o blog, pois eu adoro isso aqui. O pior é que já tem muitos filmes acumulados, e vai me dar um belo trabalho colocar todos por aqui, mas eu prometo que os colocarei. Se tudo correr como planejo, nesse sábado haverá uma mega-atualização com 8 filmes.
Enquanto isso, aí está um pequeno aperitivo, o último filme que vi no cinema.

“Eu Sou A Lenda” – Aventura / Ficção
No início da história, uma cientista anuncia o descobrimento da cura do câncer. O filme dá um salto de três anos no futuro. Então conhecemos aquele que parece ser o único ser humano vivo em Nova Iorque, o pesquisador militar Robert Neville. Ele vaga pela cidade deserta num possante carro procurando alimento, pegando filmes de DVD e também procurando sobreviventes. Quando a noite chega, ele corre para se trancar em casa, pois estranhas criaturas comedoras de gente saem à caça.
O primeiro grande blockbuster do ano, “Eu Sou A Lenda” é um filme de aventura de primeira. A grande cidade de Nova Iorque devastada e deserta é impressionante! O trabalho que deve ter dado para fazer as filmagens numa das cidades mais movimentadas do mundo deve ter sido imenso. O clima de solidão pelo qual passa o personagem Robert Neville chega a ser palpável.
O filme apresenta cenas tensas, como a que o personagem principal perde sua cadela, sua única companhia viva, num depósito escuro onde vive as criaturas. O desempenho de Will Smith novamente é memorável! O ator exala carisma em todas as cenas em que parece. Sem dúvida, Will Smith é um dos grandes atores de sua geração, pois o cara faz de tudo, dramas, comédias, ação, aventura... Em todos os gêneros ele se sai muitíssimo bem.
O diretor atrasa ao máximo o aparecimento das criaturas, criando tensão, mas quando elas surgem são realmente assustadoras e os efeitos especiais são muito bons.
Li alguns críticos detonando a participação de Alice Braga, atriz brasileira e sobrinha de Sônia Braga. Bobagem, ela está bem e em momento algum compromete o filme.
“Eu Sou A Lenda” é realmente muito bom, não deixe de conferir pois esse filme é realmente imperdível.

Aqui só vai uma crítica minha à falta de cultura cinematográfica das pessoas da cidade.
Fui ver o “Eu Sou A Lenda” na semana de estréia, que ocorreu junto com todo Brasil. Na sessão em que vi o filme, contando comigo e meu filho, havia apenas 11 pessoas na sala de cinema. ONZE pessoas! Na semana de estréia de um grande sucesso do cinema, filme que tem um grande astro e que foi elogiado por todos veículos. ONZE pessoas!
Acho que eu que sou um otário, que tenta colocar um pouco de cultura pop na cabeça das pessoas, mas esqueço que elas estão interessadas mesmo é em cerveja, Big Brother, Carnaval, e música sertaneja. Mas eu não vou desistir, eu prometo.
A gente se vê no sábado. Grande abraço!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

O primeiro filme nota 10 do ano!


Surpresa!
Aproveitei que a internet ficou hoje fora do ar por um bom tempo, para adiantar a atualização do blog.

Daqui uns dias começa o Carnaval.
É época dos turistas visitarem o país para inegável turismo sexual com as nossas menores de idade.
É época das mulheres rebolarem na passarela procurando aparecer mais do que nunca, para assim garantir um bom contrato com as revistas masculinas.
É época dos homens terem mais desculpas para encher a cara de cerveja e trair suas companheiras.
É época das mulheres beijarem 10 ou mais homens por dia.
É época dos famosos bailes da Carnaval, onde acontece de tudo. Não tenho nem coragem de revelar aqui nesse blog o que acontece nos bailes de Ouro Preto, por exemplo. Não que eu seja um pilar da moralidade ou um baluarte da inocência, pelo contrário. Eu só fui criado e educado para ter vergonha na cara!
É época dos milhares de acidentes nas nossas rodovias esburacadas, provocados pela imprudência e pelo álcool.
É época de irmos para a avenida para comemorar os altos impostos, o desemprego, a violência, a corrupção, o descaso e a sacanagem.
E especialmente para mim, é época de me trancar em casa, sem ligar a TV, com vergonha, mas muita vergonha mesmo, de ser brasileiro.

Aí estão os últimos filmes que aluguei na melhor locadora da região, a Supervideolocadora

“Treze Homens e Um Novo Segredo” – Aventura
Depois do ótimo “Onze Homens e Um Segredo” e do péssimo “Doze Homens e Outro Segredo”, mais uma aventura do grupo de ladrões liderados por George Clooney chega às locadoras.
Desta vez eles planejam a destruição comercial de um novo hotel-cassino construído em Las Vegas pelo inescrupuloso mega-empresário vivido por Al Pacino.
O filme segue a mesma estrutura dos anteriores, com o golpe sendo planejado e executado com muita classe pelos 13 homens de George Clooney. Na hora da execução do golpe, quando o plano parece que começa a dar errado, é quando as coisas realmente dão certo. Esse artifício foi usado também nos filmes anteriores.
“Treze Homens e Um Novo Segredo” tem boa edição, trilha sonora bacana, direção de arte eficiente com cores bem vivas, e os atores se divertindo como nunca. Tudo capitaneado pela direção estilosa de Steven Soderbergh.
Este terceiro filme da série não faz feio ao primeiro e é muito superior ao segundo, então pode alugar sem medo. Afinal de contas, é sempre bom ver atores do quilate de George Clooney, Brad Pitt, Matt Damon, Andy Garcia e Al Pacino aplicando golpes com seus ternos caríssimos, elegância e com muita naturalidade. Nota 7,0.

“Sunshine – Alerta Solar” – Ficção
No futuro, a Terra vive uma intensa era glacial, já que o Sol perdeu sua capacidade de enviar calor ao nosso planeta. A nave Ícaro 2 é enviada ao Sol para detonar uma imensa bomba em seu núcleo, com o intuito de reviver a estrela. Na nave, estão renomados cientistas de toda parte da Terra, como a bióloga chinesa, o capitão japonês e o físico americano.
O filme começa muito bem, mostrando o dia-a-dia dos tripulantes da nave a caminho do Sol. Todos a bordo sabem que são a última esperança de nosso planeta e estão dispostos a sacrificar suas vidas pela ressurreição do Sol. O primeiro problema da viagem surge quando eles recebem um sinal da nave Ícaro 1, que foi mandada anos antes na mesma missão e não cumpriu a sua tarefa, sabe-se lá porque. O primeiro impasse surge então na equipe: vão logo cumprir sua missão, deixando a outra nave de lado, ou vão até a Ícaro 2 descobrir o que aconteceu? Os problemas começam quando escolhem a segunda opção.
Até aí “Sunshine – Alerta Solar” é muito competente, com ótimos efeitos visuais e personagens carismáticos, mas com a chegada de um vilão físico o filme se perde. Toda vez que surge o vilão a câmera começa a tremer e aparecem efeitos visuais que nublam a visão do espectador. Esse foi um recurso usado pelo diretor Danny Boyle para ressaltar o estado mental alterado do vilão, mas faz com que o filme fique um pouco confuso.
Esse é um caso clássico em que o próprio diretor estraga o seu filme, tentando parecer diferente. Se ele continuasse filmando do modo convencional, ou usando outros efeitos o resultado poderia ser mais satisfatório.
No mais, o filme apresenta ótimas interpretações de Cillian Murphy, Michelle Yeoh e Chris Evans. Nota 6,5.

“Orgulho e Preconceito” – Drama
Longa-metragem que conta a história de Elizabeth, uma linda e inteligente garota que vive com os pais e irmãs numa simples propriedade no campo. Certo dia chegam novos vizinhos, ricos e bem educados aristocráticos da cidade. Entre eles está Darcy, um taciturno jovem, que irá balançar a vida de Elizabeth.
Passada no século 19, a história apresenta tramas com reviravoltas cheias de charme, como traições, mentiras e declarações de amor. O filme ainda conta com belíssimos figurinos, trilha sonora arrepiante, reconstituição de época impecável, e uma produção que está sempre a favor da história, baseada no famoso livro de Jane Austen.
As interpretações são um caso a parte. Keira Knightely está fabulosa como Elizabeth e Matthew MacFadyen faz de Darcy um sujeito enigmático, tristonho e doce ao mesmo tempo. Os veteranos Donald Sutherland e Judi Dench também brilham em suas cenas, tornando seus personagens verdadeiros ao espectador.
E a direção! Há muito tempo não vejo um filme tão bem dirigido! O diretor usa muitos recursos criativos para contar a história de um jeito diferente, o que acaba causando uma maior imersão do espectador à história. Simplesmente fantástico!
O ano mal começou e apesar de “Orgulho e Preconceito” ter sido lançado em 2005, eu já logo digo que ele estará entre os melhores do ano na minha “retrospectiva 2008”. Filmaço. Nota 10.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Vai um filminho aí?


Oi oi, nada contrariando?
Já decidi que sábado será o dia de atualização do blog. Estou muito ocupado nos dias da semana, está praticamente impossível de digitar algo.
É uma pena pois adoro escrever, mas fica a certeza de que pelo menos uma vez por semana esse espaço será atualizado.

E começou mais um ‘Big Brother’.
Sem dúvida um dos maiores produtos de alienação já lançados por um canal de TV. As intrigas de sempre, as cabeças ocas de sempre, os conchavos de sempre... O “mais do mesmo” está de volta com novos personagens, mulheres bonitas cuja maior ambição é posar para a ‘Playboy’, mesmo dizendo que “nunca posariam nuas”. Os rapazes sempre aparecem sem camisa, estufando o peito para mostrar o quanto são “irresistíveis”.
Na hora da votação para excluir os menos afortunados, as mesmas desculpas de sempre, algo como “eu vou votar nele por uma questão de afinidade”. Sempre alguém chega e diz a pérola máxima de como descrever o óbvio: “isso é um jogo”!
O pior de tudo é que o brasileiro adora esse programa.
Eu poderia ficar um bom tempo falando sobre esse produto de imbecialização em massa que é o ‘Big Brother’, mas a verdade é que estou cansado de falar sobre esse assunto e ninguém me ouvir.
De quebra vem aí outro assunto que eu adoro: o carnaval, a maior coisa que me faz ter vergonha de ser brasileiro. Mas isso fica pra um outro post.

Vamos falar de coisas boas? Aluguei recentemente na Supervideolocadora 3 bons filmes, que você confere logo abaixo.

“Jackass 2” – Comédia/Sadismo
Baseado num famoso programa da MTV, “Jackass” é um filme que apresenta uma série de quadros onde seus “atores” fazem graça curtindo com a cara alheia. Nada é ensaiado e os quadros do filme sempre apresentam seus personagens passando por provas reais – algumas engraçadas, outras bizarras e algumas bem nojentas.
Vou descrever alguns quadros para você ter uma idéia de como é o filme.
Um dos atores está sozinho num grande curral. Ele está de camisa vermelha. Nós o vemos colocar uma venda nos olhos e então ele fica completamente parado. Então vem um touro a mil por hora e dá uma chifrada no sujeito, que cai e ainda é pisoteado pelo animal. Tudo isso acontece com os amigos do ator, em segurança fora do curral, se esbugalhando de rir.
Num outro quadro, um outro ator da turma enfia um gigantesco anzol pela boca, que faz um furo em sua bochecha. Então ele pula no mar recheado de tubarões e serve de isca viva aos bichos famintos.
Está gostando? Aí vai mais:
Dois sujeitos da turma são jogados dentro de uma enorme piscina de bolinhas. Lá dentro, além das bolinhas, há duas jararacas enormes.
Por falar em cobras, em certo quadro do filme, um deles, aquele que tem mais pavor de cobras, é trancafiado numa pequena grade com uma cascavel, uma das cobras mais venenosas do mundo. Enquanto o sujeito chora de pavor, seus amigos rolam no chão de tanto rir, ao ver o desespero do companheiro.
Há ainda momentos de baixaria total, como quando um mais corajoso da turma coloca uma máscara de gás conectada com um tubo na bunda de um gordão, que solta peidos violentos. O fedor dos peidos vai totalmente para o rosto do sujeito que está com a máscara. O que acontece a seguir eu nem tenho coragem de colocar aqui nesse blog, mas pode ter certeza que é nojento, bem nojento! E engraçado também!
“Jackass 2” é um filme que os homens apreciarão mais que as mulheres. E é um filme que funciona muito bem se visto em grupo.
Se você se identificou com as partes do filme que coloquei aqui, alugue “Jackass 2” e seja feliz. Eu gostei bastante mas sei que não é um filme pra todos os gostos.
Uma dica: veja esse filme após a digestão! Nota 8,0.

“Ratatuille” – Desenho / Aventura
Ratinho que mora numa fazenda com a família sonha em ser um chef de cozinha. Ele tem um paladar apurado e um olfato capaz de identificar condimentos e temperos de forma precisa.
Após uma seqüência cheia de adrenalina, o ratinho pára na França, capital dos melhores restaurantes de mundo. Aos poucos ele faz amizade com um atrapalhado ajudante de cozinha. O rapaz começa então a enganar todo mundo, ao preparar pratos sofisticados e deliciosos, com a ajuda do rato, é claro. Só que, como todos sabemos, a mentira tem perna curta.
Empolgante desenho animado produzido pela Pixar, a mesma produtora de famosos desenhos, como “Monstros S.A.”, “Toy Story” e “Carros”.
“Ratatuille” é um filme ágil, bonito de se ver, com protagonistas simpáticos, e com uma trilha sonora envolvente. Tudo com o padrão Pixar de qualidade. O filme só peca por cair um pouco o ritmo em seu ato final, mas nada que comprometa o excelente resultado final.
“Ratatuille” é para as crianças de todas a idades! Nota 7,5.

“Temos Vagas” – Suspense
Casal volta para a casa em uma longa viagem por uma estrada deserta. Logo se percebe que eles estão em processo de divórcio, já que a convivência entre eles parece bastante desgastada. No meio do nada o carro quebra. Sem alternativas, eles resolvem caminhar até um pequeno hotel à beira da estrada. Logo percebem que o hotel é comandado por sádicos que costumam filmar seus assassinatos. Assim, eles terão de usar toda sua astúcia e inteligência, se quiserem sair vivos dali.
Há muito tempo eu não via um filme de suspense, que honra o gênero “suspense” de verdade!
As situações pelas quais os dois protagonistas passam são realmente assustadoras e angustiantes, e fizeram com que eu torcesse para que eles sobrevivessem ao fim do filme.
Ajudou muito a atuação dos dois atores principais, Luke Wilson e Kate Backinsale (linda!), que conferem ao casal momentos de verdadeira tensão. O vilão interpretado por Frank Whaley, com seus maneirismos de pessoa simples e sua calma, também confere uma aura assustadora ao personagem, sem cair nos excessos tão comumente vistos nos vilões desse tipo de produção.
É numa hora dessas que me pergunto como são lançados filmes insossos do tipo “Número 23” e “A Estranha Perfeita”, que não tem absolutamente nada de suspense.
“Temos Vagas” é um filme razoavelmente barato, simples, mas percebe-se como feito com amor por toda equipe.
Um suspense de primeira! Não deixe de ver de jeito nenhum! Nota 7,0.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

O primeiro post do ano!


Olá pessoal!
Estou de volta (até que enfim) para atualizar o blog.
Sempre quero atualizar esse espaço, mas o tempo anda muito curto pra mim. Por que o dia só tem 24 horas?
Mas vamos ao que interessa, comecei ano muito bem vendo o filme a seguir no cinema. Na verdade, o vi na última quinta de 2007, mas vou considerá-lo o primeiro de 2008, já que não atualizo o blog há alguns dias.

“A Lenda de Beowulf” – Aventura
O novo palácio de festas do rei Hrothgar é atacado pelo demônio Grendel, que promove uma carnificina no local. O rei então oferece muitas riquezas para quem matar o demônio. Um dos que se aventura a matar a criatura é Beowulf, um famoso e orgulhoso guerreiro, que deseja a glória da vitória. Beowulf só não sabe que a batalha se estenderá por anos, primeiro contra Grendel, e depois contra a vingativa mãe da criatura.
Filme totalmente produzido por computação gráfica, numa técnica inovadora de captura de movimentos de atores reais, como Anthony Hopkins, que interpreta o rei, e de Angelina Jolie, a sedutora e perigosa mãe das criaturas vistas no filme.
O interessante é como essa técnica foi utilizada, já que colocaram Anthony Hopkins mais gorducho e baixinho e também deram uma “engostosada” na Angelina Jolie.
“A Lenda de Beowulf” é dirigido por Robert Zemeckis, o mesmo da trilogia “De Volta Para o Futuro”, “Náufrago” e de outros sucessos do cinema. O diretor usa sua experiência para criar cenas empolgantes e faz a câmera “viajar” em planos inusitados e criativos.
O filme tem dois atos distintos, quando Beowulf e seus guerreiros lutam contra Grendel numa seqüência bastante violenta, e outra mais pro fim, quando Beowulf batalha contra um dragão pelos céus de seu reino.
As lutas são, no mínimo, fantásticas. O filme é muito envolvente e a aparição de Angelina Jolie é bastante sedutora.
A única parte que merece uma crítica é a hora em que o herói luta contra a primeira criatura. Ele se despe totalmente, dizendo que irá lutar contra o demônio de mãos vazias, assim como o demônio está. Acontece que há sempre uma parte do cenário que esconde o “bráulio” do herói. Isso causa uma distração do espectador, que acaba desviando sua atenção da trama principal do filme, além de lembrar um outro filme onde acontece a mesma coisa, a comédia “Austin Powers”.
No mais, “A Lenda de Beowulf” é um filme para se ver e rever. Nota 8,0.

Mudando de assunto, você gosta de histórias engraçadas? Um grande amigo meu acaba de estrear um blog, repleto de histórias esquisitas e inusitadas. Dê uma passada por lá, o endereço é o http://www.ociosdoocio.blogspot.com/
Nesta quarta eu volto com os primeiros filmes que aluguei na Supervideolocadora neste ano. Todos são muito bons. A gente se vê amanhã sem falta.
Abração!