sábado, 12 de abril de 2008

Desenhos para todos os gostos!

FOTO ACIMA: Capa do DVD de "Hellboy - Sangue e Ferro"
Vamos continuar falando de desenhos?
Recentemente vi os dois desenhos baseados no personagem Hellboy, com as vozes dos atores do filme dirigido há 3 anos por Guilhermo Del Toro, entre eles o Ron Pearlman (o Hellboy do cinema) e Selma Blair.
O primeiro desenho, “Hellboy e a Espada da Tempestade” é bom, mas bem no “esquemão” dos desenhos americanos, com violência moderada. Boa trilha sonora e animação decente, numa história bem amarradinha. Mas o desenho é isso, bom passatempo mas nada surpreendente.
Já “Hellboy – Sangue e Ferro” é bem melhor. Não me lembro qual foi a última vez que senti medo vendo um desenho animado. E o clima de terror desse desenho animado é altíssimo, com vampiras, bruxas, fantasmas e criaturas das trevas convincentes.
Em muitas partes eu me pegava dizendo: “Nossa, que legal”.
Tudo que o “A Espada da Tempestade” tem de “mais do mesmo” o “Sangue e Ferro” tem de legal e inovador. Vale a pena ser visto e revisto.

FOTO ACIMA: Meio humano e meio vampiro, D é o protagnista de "Vampire Hunter D"

Nesta semana vi também o “Vampire Hunter D”.
É um desenho em longa-metragem produzido em 1985, que conta a história de D, um estranho caçador de vampiros que vaga sem destino à procura de aventuras.
A narrativa se passa no futuro, mas as cidades, casas, roupas e meios de transporte lembram os do século passado, com cavalos, carruagens, casebres do estilo europeu, e castelos.
Realizado no Japão, o anime é bem violento. E tem uma história bem interessante.
Um vampirão que mora num castelo faz também parte da nobreza. Quando ele decide transformar uma plebéia em sua noiva vampira, atrai a ira de sua filha, que não aceita que seu pai introduza em sua família uma simples camponesa.
A filha do Draculão resolve então matar a jovem antes que seu pai consuma o noivado (mordida no pescoço).
A camponesa, que não quer se tornar uma morta-viva pelas mãos do vampirão e nem uma morta-morta pelas mãos da filha do vampirão, contrata os serviços de D, que curiosamente estava passando por lá.
Além de muita violência, o desenho apresenta muitas cenas de nudez, muitas delas de forma gratuita.
Em certa parte, um vampiro arranca um colar com um pingente de crucifixo do pescoço da donzela. Ao puxar o colar, o dedo dele arranca acidentalmente o top que a garota está vestindo. O seio dela então balança livremente, com um close absurdo de câmera. A cena é bonita, mas convenhamos, ocorreu de forma muito forçada.
Há outras cenas de nudez durante o anime. Esses japoneses...
Enfim, o desenho é muito bacana.
Verei nesta semana a continuação, “Vampire Hunter D – Blodlust”, feito em2001. Na semana que vem eu falo sobre ele.
FOTO ACIMA: Gatts, o herói de "Berserk"

Finalmente acabei de ver todos os episódios de “Berserk”.
Quando vi o primeiro episódio confesso que não gostei.
Gatts, o personagem principal, vive na idade média no Japão, e aparece sempre carregando uma imensa espada (tanto na largura como no tamanho). Ele sofria pesadelos com espíritos malignos e acordava no meio da floresta com seu corpo todo ensangüentado. A missão dele no episódio não fica bem clara, tendo de matar um ser endemoniado num castelo medieval. Além disso o desenho apresentava cores muito vermelhas e uma trilha sonora esquisita.
Detestei esse primeiro episódio, mas meu amigo Manoel me pediu para ver o segundo. Com muito custo e uma dose de boa vontade resolvi atender ao pedido dele.
O episódio seguinte mostrava Gatts ainda pequeno, sendo brutalmente espancado pelo seu padrasto, que aprontava o maior terror psicológico com o garoto. Denso e bem amarrado, o episódio foi excelente!
E assim foram os seguintes.
O argumento principal dos 25 episódios de “Berserk” mostra Gatts entrando para o Bando do Falcão, um grupo de mercenários liderados pelo estranho e carismático Griffith. No bando ele faz inimizades com outros comandantes, como a bela Caska.
Extremamente violento, com muito, mas muito sangue mesmo, “Berserk” é um anime pra gente grande.
O argumento de “Berserk” nunca apela pra clichês ou soluções fáceis.
Em certo episódio, Griffith pede para Gatts eliminar o irmão do rei, que conspira para matar o líder do Bando do Falcão. Ele tem que matar o sujeito de modo furtivo, sem deixar testemunhas. Cuidadosamente, Gatts invade o castelo do príncipe e o encontra ensinando esgrima para seu pequeno filho. Gatts então espera até que sua presa fique sozinha. Sem hesitar, Gatts trespassa sua imensa espada no inimigo. Acontece que o assassinato é presenciado pelo filho do príncipe, que voltou para dar boa noite ao pai.
Se fosse um desenho americano, o menino juraria Gatts de morte, e tentaria vingar a morte do pai no futuro.
Mas como o desenho não se limita a tais clichês, Gatts, o herói, num movimento calculado, acerta com força incrível sua espada na criança, matando-a imediatamente!
E fica por isso mesmo. Em nenhum outro episódio pra frente, Gatts apresenta algum indício de remorso pelo ocorrido.
Outro exemplo marcante que demonstra que “Berserk” não é um desenho qualquer acontece quando um grande ataque é realizado pelo Bando do Falcão, e sua única guerreira mulher não rende o esperado na batalha, porque, pasme, está menstruada!

FOTO ACIMA: Griffith, um cara muito esquisito, mas incrivelmente carismático!

A história da série continua de forma genial, principalmente quando Gatts e Caska se vêem cercados na floresta por 100 guerreiros. São três episódios que deixam os nervos do espectador à flor da pele, com os protagonistas do desenho passando muito aperto para sobreviver. A força da narrativa e passagem de acontecimentos impactantes de “Berserk”, nestes três episódios, são maiores e melhores do que muitas super-produções de Hollywood.
O desenho apresenta ainda muitas cenas de nudez, incluindo até algumas posições bem submissas, apesar de não haver nenhuma cena de sexo.

FOTO ACIMA: Gatts e Caska

É uma pena, que depois de 22 episódios excelentes, os 2 últimos sejam tão ruins!
Tudo que eu achei de ruim no primeiro episódio volta com força, e ao quadrado, nos últimos.
Seres endemoniados, muitas forças obscuras, sacrifícios humanos e possessões diabólicas estragam o desenho que poderia entrar para a história da animação.
Pra piorar ainda mais, o final de “Berserk” fica em aberto, com muitas dúvidas no ar.
E um desenho que poderia ser uma obra-prima acaba de modo muito insatisfatório. Uma pena mesmo.

Mudando de assunto, estou aproveitando as madrugadas para ler.
Outro dia eu li “D de Dívida”, que conta a história de uma detetive em Los Angeles. O livro começou de forma interessante mas rapidamente perdeu o rumo.
Eu realmente detesto quando o escritor começa a encher lingüiça, contando nos mínimos detalhes como são os lugares onde se encontram os personagens de seus livros. Acho isso um recurso fraco para aumentar o número de páginas do livro.
E em “D de Dívida”, em cada lugar por onde passa a protagonista, o autor descreve nos mínimos detalhes.
Li até metade e depois o encostei, sem dó. Minha paciência já estava no limite.


FOTO ACIMA: Hercule Poirot, detetive de "Os Crimes ABC"

Depois que larguei o “D de Dívida” fui para outro livro, “Os Crimes ABC”, de Agatha Christie. Digo que este é um dos melhores livros dessa autora que li. Sem informações inúteis, sem enchimento de lingüiça, um divertimento de primeira!
Tenho mais dois livros de Agatha Christie para ler nos próximos dias, ainda bem!

Vou nessa!
Semana que vem eu volto falando de mais desenhos (sim, tenho mais para ver) e outras cositas mas!
Grande abraço!

4 comentários:

Anônimo disse...

Adrian, você já leu "Os cinco porquinhos"? Mergulho profundo na psicologia humana, é o melhor livro de Agatha que eu li.


Abraços!

Cleonice Braz disse...

Amigo!!! Te contar... acho que a minha inspiração foi transferida pra vc!! Humm... vontade de ver todos aqueles desenhos!!! Hey, não esqueci da Watchmen não, até sábado ela estará em suas mãos!!!

Abração

Anônimo disse...

Patrulheiro, "Bambi IV" é tudo aquilo que você falou, porém a morte do capitão da milícia deixou a desejar! Deveria ter sido devorado vivo pelos próprios porcos!

Matthaeus disse...

Ainda dizem que todo anime é para criança só por ser uma animação 2D.

Eis aqui alguns títulos que quebram esse tabu de "anime é para criança":
Elfen Lied, Gantz, Ichi the Killer, Genocyber, Claymore, Devilman 1 The Birth, Devilman 2 Siren The Demon Bird, Devilman 3 Amon: The Apocalypse of Devilman, Blood+, Akira, Ninja Resurrection, Mnemosyne, Devil May Cry, Shigurui, Sword of the Stranger, Hellsing Ultimate OVA, Tokko, Kurozuka e Le Portrait de Petit Cossette