sábado, 23 de fevereiro de 2008

Zumbis famintos atacam Londres!

Oi, tudo bem?
Prometi a uma amiga contar alguma passagem curiosa de minha vida, mas como não lembrei nada de interessante vou ficar no básico feijão com arroz mesmo, as críticas de filmes. Espero que ela não fique decepcionada comigo, hehe.
Na última semana aluguei três filmes na Supervideolocadora, mas só consegui ver dois deles. Aí estão:

Na foto acima, Robert Carlyle corre pra salvar seu couro de zumbis que o perseguem.

“Extermínio 2” – Terror
Após a morte de todos os zumbis que habitavam Londres, a cidade começa a receber os primeiros civis. Eles moram numa pequena parte sitiada por militares americanos, que estão sempre na vigília com seus poderosos armamentos, caso surja alguma outra pessoa infectada e faminta por carne humana. É claro que o perigo ainda ronda o local, e a coisa piora quando dois adolescentes quebram o cerco e se dirigem até o outro lado de Londres, visitar sua antiga casa.
O primeiro “Extermínio” é um filmão. Ela conta a história de um sujeito que acorda do coma em um hospital e se descobre no meio de uma Londres deserta e devastada por perigosos zumbis.
“Extermínio 2” já começa com a ameaça dos zumbis neutralizada e com as pessoas voltando para reativar a cidade.
O bom é que o filme prepara todo um clima antes de começar a carnificina. Vemos os dois adolescentes percorrer uma Londres totalmente deserta e silenciosa. E é justamente esse silêncio uma parte assustadora do filme, pois aumenta ainda mais o grau de solidão dos personagens. A sensação de algo à espreita fica ainda mais palpável diante de tal recurso empregado pelo diretor. Outro fator favorável à produção foi a escolha do ator Robert Carlyle como protagonista. Acostumado a dramas, o ator se sai muito bem em seu primeiro filme de terror, especialmente no início do filme. A cena a que me refiro se passa quando ele, sua esposa e um outro grupo de pessoas são atacados por uma horda faminta de zumbis. Repare como ele quer ajudar a esposa e não consegue. Tudo que resta para ele é fugir covardemente. Mas isso é o que ele pensa, ele se acha um covarde mas se pensarmos bem, não havia maneira alguma dele salvar a esposa. O ator se sai muito bem na conclusão desta cena, quando diz para os filhos o que aconteceu com a mãe.
Da metade em diante o filme é uma carnificina. É um corre-corre com os poucos sobreviventes tentando chegar a algum local seguro.
Outro diferencial de “Extermínio 2”, assim como do filme anterior, são seus zumbis rápidos e ágeis, se diferenciando dos zumbis de outras produções, que normalmente são lerdos. É realmente assustador ver um zumbi atacando com toda sua fúria e urgência por carne.
Os efeitos especiais e a maquiagem também são ótimos! Filmaço, superior ao primeiro, que já era muito bom. (****)

“O Vigarista do Ano” – Drama
Passado na década de 70, o filme conta a história real de Clifford Irving, que é um escritor frustrado, pois seus livros nunca são publicados. Certo dia ele tem a idéia de passar todos para trás, seus agentes, a editora e os leitores, escrevendo uma falsa biografia “autorizada” sobre o recluso milionário Howard Hughes. Ele consegue enganar todo mundo, mas as coisas se complicam quando ele começa a acreditar nas próprias mentiras.
Drama leve e às vezes até engraçado, pois o filme mostra as estripulias que o escritor tem de fazer para enganar os altos executivos. O filme se beneficia muito da experiência de seu astro, Richard Gere, que compôs um personagem de caráter duvidoso sem perder seu charme.
Parte do lado engraçado se deve também às ótimas intervenções do parceiro de Clliford, interpretado pelo excelente ator Alfred Molina, que caracteriza seu personagem de um jeito bonachão e covarde.
O mais interessante da história é que só os personagens de Gere, Molina e da esposa do escritor não percebem que tudo aquilo que estão fazendo, todas as mentiras, enganos e trapaças, poderiam acabar mal. É claro que todos irão se dar muito mal no final.
Como eu disse no início, o filme se baseia em fatos. Clliford Irving está vivo até hoje.
(***)

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Mais alguns filmes pra você!


Olá, como vai?
Como você pode perceber eu mudei a forma de qualificar a qualidade dos filmes. Antes eu dava a nota de 1 a 10. Resolvi fazer de um modo mais simples, qualificando os filmes de uma até cinco estrelas.
Resumindo bem simplificado, agora ficou assim:
(*) – porcaria, muito ruim, fuja o mais rápido que puder
(**) – ainda é ruim, mas dá pra se tirar algum proveito
(***) – bom filme, pode alugar que não será dinheiro jogado fora
(****) – muito bom, alugue sem hesitar, para ver e rever
(*****) – pare o que estiver fazendo e veja imediatamente, obra-prima

E então, preparado para mais algumas críticas de filmes?
Não se esqueça, todos são alugados na melhor videolocadora da região, a Supervideolocadora!

“Hollywoodland” – Drama
O filme conta a história do ator George Reeves, que interpretou o Superman no seriado do herói da década de 50. É basicamente a história dos últimos anos de vida do ator, seu caso com uma mulher mais velha, Toni Mannix, casada com um poderoso chefão de estúdio, e de sua amargura de não conseguir fazer cinema. Isso aconteceu por ele ter sido estigmatizado no papel do Superman. Certo dia o ator morre com um tiro na testa e todos chegam à rápida conclusão de que foi suicídio. Menos a mãe de George Reeves, que contrata o detetive Louis Simo para investigar o caso.
“Hollywoodland” apresenta duas histórias paralelas. Uma delas é contada em flashback, mostrando a vida de George Reeves, seus casos amorosos, seu ódio pelo Superman, sua grande insatisfação por não ser chamado para fazer cinema e sua decepção com a própria vida.
A outra parte da história se passa após a morte de Reeves, com o detetive Louis Simo investigando o possível assassinato do ator.
O filme tem qualidades de sobra. Há muito tempo Ben Affleck não representa tão bem um personagem. Seu George Reeves é expressivo, tem vida, energia e esbanja otimismo e alegria. Ao mesmo tempo o ator transmite uma melancolia quase palpável nos últimos dias de vida do ator. O trabalho de Aflleck é de encher os olhos!
Já Adrien Brody tem mais um personagem inesquecível na sua galeria de boas interpretações. Seu Louis Simo é um detetive malandro, que gosta de aparecer e de ganhar dinheiro fácil. Mas, ao mesmo tempo em que ele se aprofunda na investigação e vai conhecendo mais sobre George Reeves, vai adquirindo determinação para descobrir o que realmente aconteceu com o ator. Com isso, um personagem que no início era amoral, ganha simpatia e respeito do espectador. A jornada de Simo dentro do filme o leva ao auto-descobrimento, e ao fim do filme ele se torna uma pessoa muito mais digna. Adrien Brody realmente fez um belo trabalho no filme.
Repare como as duas histórias de “Hollywoodland” são filmadas de modo diferente. Quando o filme foca a vida de George Reeves a câmera está sempre parada, em enquadramentos elegantes, mostrando o mundo glamourizado onde vive o ator, o mundo das celebridades. Já quando o personagem principal é Louis Simo, a câmera está sempre em movimento, acompanhando Adrien Brody em todos os lugares, tremendo, trepidando. É uma diferença sutil, mostrando que não estamos mais no mundo das ricas celebridades, mas sim no mundo cão dos investigadores, das ameaças e de confronto físico.
“Hollywoodland” apresenta questões curiosas sobre o “suicídio” de George Reeves, como:
Por que a cápsula da bala foi encontrada na cama debaixo do corpo do ator? Como ela foi parar lá?
Por que a pistola usada pelo ator não tinha impressões digitais?
Por que havia mais dois buracos de bala no chão, ao lado da cama?
Por que as pessoas que estavam na casa do ator na hora do disparo demoraram 45 minutos pra chamar a polícia?
São perguntas que ficarão para toda eternidade, já que até hoje o caso é encarado pela polícia de Los Angeles como “suicídio”.
Com isso o filme tinha tudo para ser perfeito, mas na verdade ele apresenta um grande problema. Há uma trama paralela (uma investigação que Simo realiza sobre um adultério) que além de ser chata, desvia o foco da história original, não acrescenta absolutamente nada à narrativa e sempre ocupa minutos preciosos do filme, tornando o filme grande e um pouco cansativo.
Se não fosse por essa trama paralela eu daria quatro estrelas para “Hollywoodland”. (***)



“Premonições” – Suspense
Sandra Bullock interpreta uma dona de casa que vê sua vida cada vez mais monótona ao lado do marido e das duas filhas. Certo dia ela acorda e descobre que o marido morreu em um acidente de carro. No dia seguinte ela acorda e o marido está lá, vivinho, tomando café naturalmente. Sem entender nada do que está acontecendo, ela encara esse acontecimento como uma nova oportunidade de voltar a ser feliz. Isso até quando ela acorda no outro dia e percebe que o marido continua morto. Além disso, sua filha mais velha aparece com estranhas cicatrizes no rosto.
Suspense com a simpática e bonita Sandra Bullock, atriz que já começa a sentir a passagem do tempo com o surgimento das primeiras rugas, bem disfarçadas pela maquiagem.
Pena que o tempo passa e a atriz não consegue fazer bons filme e nem emplacar um bom papel. Esse “Premonições” é ruim com força.
A personagem custa a descobrir uma coisa que os espectadores mais ligados descobrem de primeira: ela está pulando os dias! Ela dorme na segunda e acorda na quarta, ou então dorme na terça para acordar no sábado. Qualquer pessoa mais atenta descobre esse fato da história com o mínimo de esforço, mas a dona de casa vivida por Sandra Bullock é burra de dar dó!
Quando finalmente descobre o que acontecendo, ela tem várias oportunidades para mudar o trágico destino, mas, ao invés disso, começa a agir como uma idiota, pondo tudo a perder.
Arrastado, sem provocar o mínimo de suspense, com heroína burra e um roteiro raso, “Premonições” ainda apresenta em seu último take, no último segundo de filme, uma cena terrivelmente constrangedora. (*)



“Pecados Íntimos” – Drama
Sarah (Kate Winslet), ignorada pelo marido, e Brad (Patrick Wilson), sufocado pela esposa controladora, engatam um romance que serve como forma de liberdade para ambos de suas vidas frustradas. Ao mesmo tempo um maníaco pedófilo (Jackie Earle Haley) é posto em liberdade e passa a morar no bairro com a mãe. Um ex-policial começa a tornar a vida do pedófilo um inferno, sempre o perseguindo com acusações, e nunca o deixando em paz.
Drama bem dirigido com ótimos atores e com uma história densa e intensa.
“Pecados Íntimos” apresenta uma curiosidade adicional, pois é narrado por uma voz onisciente, recurso diferente muito bem bolado pelos criadores do filme.
O filme ainda consegue fazer o espectador se simpatizar por uma figura completamente malvada, o pedófilo, justamente pelo brilhante desempenho do ator Jackie Earle Haley. Repare como ele vai a uma piscina pública com o intuito de observar as crianças nadando.
Uma cena muito sutil apresentada no filme é justamente com este personagem: a cena acontece quando ele está em um restaurante com uma garota que acabara de conhecer. Os dois estão sentados em lados opostos da mesa. Na mesa de trás há algumas crianças se divertindo. Em uma parte da conversa a garota se inclina para frente para contar algo que é embaraçoso para ela, tampando a visão que o maníaco tinha da mesa das crianças. Imediatamente dá pra perceber a frustração no rosto dele por não poder mais ver a mesa. Essa é uma cena rápida e passará batida se o espectador não prestar bem a atenção.
Este é um daqueles dramas em que todas as histórias de todos personagens caminham separadamente até se juntar num final apoteótico e emocionante. Mas o final não tão apoteótico e emocionante com se esperava e as expectativas são frustradas até certo ponto. Por pouco “Pecados Íntimos” não leva cinco estrelas. (****)

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Super-Mega-Hiper-Ultra-Atualização!


Aí está a super-atualização que prometi no início da semana.
Vou aproveitar esse espaço e elogiar os donos da Supervideolocadora, único local em que alugo os filmes. O Geovane e a Nilda não cansam de me surpreender com seu carisma, boa vontade, simpatia e educação.
Às vezes eu fico pensando qual seria o segredo do sucesso desses dois, afinal de contas eles têm 5 lojas na cidade. Está na cara que eles trabalham muito e estão sempre perto dos clientes, ajudando a escolher filmes. Mas além disso, creio que o segredo do sucesso dos dois é mesmo a PESSOA deles. É difícil olhar para essas duas pessoas e não sentir uma enorme simpatia pelo jeito de ser dos dois.
Aí estão os filmes:

“Inimigos do Império” – Ação
Irmão mata o rei de um grande império chinês para usurpar o poder e tomar sua rainha. Ao mesmo tempo ele manda matar o príncipe, herdeiro direto do trono. Mas o príncipe escapa e retorna ao reino para obter respostas sobre a morte de seu pai.
Este é um filme do mesmo gênero de outros sucessos chineses como “O Tigre e o Dragão”, “O Clã das Adagas Voadoras” e “Herói”. Inclusive a atriz Zhang Ziyi, que esteve nestas três produções, é a atriz principal deste “Inimigos do Império”.
Como sempre a produção é impecável. A reconstituição de época, figurinos, cenários, tudo é deslumbrante. A trilha sonora é linda e os atores brilhantes. Infelizmente o diretor erra a mão em algumas cenas, como quando o exército do rei invade a casa de teatro no início do filme. Nesta seqüência, os atores do teatro dão as suas vidas de modo gratuito para os soldados. E o pior, na hora de sua morte, eles ficam fazendo poses circenses para seus assassinos, que os matam com a maior facilidade do mundo. Uma cena como essa logo no início pode matar um filme.
“Inimigos do Império” vale mesmo pelas últimas cenas, que ocorrem na hora do banquete, dentro do palácio. O que acontece nessa hora vale por todo o filme.
No mais, “Inimigos do Império” é um pouco confuso em algumas partes e não tem as lutas brilhantes como as que estamos acostumados a ver em produções desse tipo. Por isso vou dar uma nota baixa, mas é filme que se você tiver boa vontade, poderá ter algum divertimento. (**)

“Os Mensageiros” – Terror
Família se muda da cidade grande para uma casa de campo, em uma cidade do interior. O que eles não sabem é que naquela casa, anos atrás, ocorreu um terrível e brutal assassinato que vitimou uma família inteira. E esses mortos do passado não irão deixar a nova família ocupante da casa em paz.
Tem uma coisa que eu nunca entendo nos filmes de terror com fantasmas. Repare só como os fantasmas sempre aterrorizam os inocentes, para que estes encontrem o(s) culpado(s) pelas suas mortes. Só assim os fantasmas deixam os inocentes em paz e vão consumir sua vingança contra os verdadeiros culpados, geralmente sempre no fim dos filmes. Agora eu pergunto: por que os fantasmas não aterrorizam logo e diretamente os culpados pelas suas mortes? Eu mesmo respondo a essa questão, dizendo que assim não teríamos suspense e nem a reviravolta final que irá revelar a identidade do assassino.
Voltando ao filme, “Os Mensageiros” conta com bons efeitos, alguns sustos e com a beleza e talento da jovem atriz Kristen Stewart. Guarde esse nome porque essa menina vai longe.
Apesar das qualidades, “Os Mensageiros” não apresenta nada de novo e cai em alguns clichês do gênero, mas mesmo assim ainda vale uma conferida. (***)

“O Homem Duplo” – Ficção
Keanu Reeves interpreta um policial que se faz passar por um traficante. O intuito dele é descobrir o principal fornecedor de uma droga experimental, que já viciou mais de 20% da população do planeta. O problema é que, para passar mais credibilidade ao disfarce, ele próprio se tornou um viciado.
Dirigido por Richard Linklater, o mesmo de “Waking Life” e baseado na obra de Phillip K. Dick, o filme emprega a curiosa técnica da rotoscopia. Essa técnica funciona da seguinte maneira: o filme é todo feito do modo tradicional, com atores e locações. É também editado de modo normal. Só que no processo de finalização, na pós-produção, artistas e desenhistas “colorem” todo o filme. Isso é, desenham por cima de toda película, quadro a quadro. O resultado é curioso e ao mesmo tempo belíssimo de se ver.
“O Homem Duplo” ainda apresenta ótimas atuações de Woody Harrelson e de Robert Downey Jr.
Com a técnica da rotoscopia, eu custei a perceber que a atriz principal era a Winona Ryder, que admiro muito pelo talento e beleza.
No final das contas o filme vale mais pelos diálogos interessantes e pela rotoscopia, mas exige muita atenção do espectador, pois a história pode ser um pouco confusa para aqueles que não prestam muita atenção ou que perdem algum pedaço do filme para ir ao banheiro ou pegar um Coca na geladeira. (***)

“Espíritos 2 – Você nunca Está Sozinho” – Terror
Pin e Ploy nasceram gêmeas siamesas. O amor entre elas é muito forte e a imensa ligação que as une, em todos os sentidos, é motivo de orgulho para todos. Até que Pin se apaixona e decide se separar de Ploy, que ciumenta, faz de tudo para acabar com aquela relação. A cirurgia dá errado e só Pin sobrevive. Com um enorme peso na consciência, Pin se muda com o namorado da casa onde sempre viveu com a irmã. Mas o fantasma de Ploy não a deixará em paz.
Dirigido pelos mesmos diretores tailandeses de “Espíritos – A Morte Está ao Seu Lado”, esse “Espíritos 2”, apesar do nome, não é uma continuação direta do primeiro, sendo uma história sem vínculo algum ao filme anterior. A única coisa que os une são os mesmos diretores e a história sombria de fantasmas vingativos.
A atriz principal do filme é linda e expressiva e a história é eficiente em causar sustos no espectador. O filme ainda apresenta uma grande surpresa quase no fim, mudando radicalmente a trajetória do roteiro e enganado o espectador de forma brilhante.
“Espíritos 2 – Você nunca Está sozinho” não é melhor do que o “Espíritos – A Morte Está ao Seu Lado”, mas mesmo assim é uma diversão eficiente e vale a pena ser locado. (***)

“Alpha Dog” – Drama
Por causa de uma dívida de US$ 1000, um jovem traficante de drogas e seu bando raptam o irmão do outro traficante que lhes deve o dinheiro. No início todos levam na brincadeira, inclusive o próprio seqüestrado. Ele é bem tratado pelos seus raptores, que o levam para festas e o apresentam a belas garotas. Ele chega inclusive a ficar amigo do seu “vigia”.
Enquanto os pais do raptado se desesperam com o sumiço do filho, o seqüestrador toma uma decisão radical que mudará a vida de todos. E o que se iniciou como quase uma brincadeira inocente irá terminar numa sangrenta tragédia.
Esse é mais um daqueles filmes em que playboyzinhos dão uma de bandidos, com suas roupas descoladas, maneirismos de malandros e vocabulário raso. Todos ingerem drogas com se fosse um ato corriqueiro e legal perante a lei. Mas esse detalhe só serve para enriquecer o filme.
Chega a ser incrível ver um ator jovem como Emile Hirsh, que sempre interpretou nerds sem jeito, dar uma de malandrão como se tivesse nascido para isso. Salta aos olhos a interpretação de Ben Foster, como o irmão do seqüestrado. Ele é neurótico, sádico, violento e viciado. Mas é um doce ao lado do irmão, tratando-o com muito carinho.
O filme ainda apresenta pequenas pontas de dois astros consagrados. Bruce Willis aparece pouco, mas com a competência de sempre. Sharon Stone interpreta a mãe do garoto raptado e se destaca no fim do filme, quando faz um depoimento emocionante a um programa de TV.
Mas a maior surpresa de “Alpha Dog” acabou sendo a ótima e inesperada interpretação do cantor Justin Timberlake, como o vigia do garoto seqüestrado. Ele tem futuro no ramo!
“Alpha Dog” não é um filme para todos os gostos. Mas se você se interessou pela história e resolver conferir, pode ter certeza que a experiência será muito satisfatória.
Uma última informação: a história do filme é (infelizmente) real.
Eu gostei muito! (****)

“Notas Sobre Um Escândalo” – Drama
Professora veterana de uma escola estadual de Londres se apaixona pela nova professora de arte. A professora novata, casada e com dois filhos, começa a se relacionar com um aluno. Sabendo do caso extraconjugal da novata, a veterana usa de artimanhas para se aproximar e destruir a vida da nova amiga. O intuito dela é ter a nova professora só para ela.
Esse é o típico filme pelo qual eu passo por ele na locadora e não levo, esperando encontrar algum outro melhor. Mas arrisquei e acabei tendo uma bela surpresa, pois o filme é ótimo.
É um drama denso, com duas atrizes de primeira e uma história com diálogos afiadíssimos, proporcionando uma maior imersão do espectador, que ficará vidrado até conhecer o desfecho da narrativa.
Judi Dench e Cate Blanchet (lindíssima) dão um show! Repare também na atuação de Bill Night, o marido traído. Ele interpreta com tanta naturalidade que acaba transmitindo uma imensa credibilidade e simpatia ao personagem.
Se você curte dramas não perca esse filme de modo algum! (****)

“O Ultimato Bourne” – Ação / Espionagem
Jason Bourne resolve descobrir de uma vez por todas quem ele é. Para isso ele terá de ser mais rápido e inteligente do que nunca, já que todos querem ver um buraco de bala em sua testa.
Depois de “Identidade Bourne” e “A Supremacia Bourne”, chega o (aparentemente) último filme da série.
E o filme é excelente! Matt Damon corre, pula prédios, atira, pilota motos loucamente e engana altos funcionários do Serviço Secreto. Tudo isso com muita naturalidade e charme.
O único “senão” que eu faço ao filme, é que você precisa ver os anteriores para entender esse. Quem assistir a esse filme primeiro ficará boiando, sem entender praticamente nada. Mas, para aqueles que já acompanham a série, a experiência será mais uma vez inesquecível.
Jason Bourne já colocou seu nome ao lado de outros grandes nomes do cinema de ação, como James Bond e John McLane.
Filmão! Meu único conselho é: veja os filmes anteriores antes. (****)

“O Hospedeiro” – Terror
Governo coreano despeja centenas de litros de material tóxico e radioativo no Rio Han. Anos depois, uma imensa criatura emerge do rio e ataca os cidadãos. Depois que a pequena filha de um comerciante é levada pela criatura, o governo coreano leva as pessoas que tiveram contato físico com o animal para um hospital e as coloca sob quarentena, alegando que estão infectados por um vírus desconhecido. Certa noite, o pai da menina literalmente “engolida” pelo animal, recebe um telefonema de sua filha. Sim, ela está viva! Como o apetite da criatura é grande, ela terá de encontrar uma saída do esgoto onde foi largada pelo bicho.
Este é o longa de maior bilheteria do cinema coreano em todos os tempos, e não é pra menos, o filme é sensacional!
Começando pelos atores. É difícil não gostar da família que teve a filha raptada pela criatura. Todos são incrivelmente carismáticos. A cena em que eles se desesperam pela “morte” da filha é hilária e ao mesmo tempo muito emotiva. Só mesmo vendo para entender.
Outro ponto a favor é a direção sem concessões. A criatura mata sem dó e sem piedade velhos, mulheres e crianças. Muito diferente se fosse filmado em Hollywood, para uma platéia besta e politicamente correta.
Mas o que vem à mente do espectador quando o filme acaba são os extraordinários efeitos especiais. O primeiro ataque do monstro, que acontece logo no início do filme, é realizado em plena manhã. Então, em “O Hospedeiro”, não há aquele famoso recurso de abusar dos efeitos especiais à noite, para esconder as imperfeições.
O modo como o monstro se movimenta, usando o rabo para alcançar grandes alturas, também é muito bacana.
A única coisa que não me agradou completamente em “O Hospedeiro” foi a trilha sonora, mas as qualidades são tantas que esse é um defeito que dá pra relevar completamente.
Filmaço, não deixe de ver de jeito nenhum! (****)

No meio de tantos bons filmes, escolhi o “O Hospedeiro” para ilustrar esse post.
Na semana que vem eu volto por aqui, agora sem pausas. Já estou com os próximos três filmes em casa para fazer crítica e colocar aqui no Blog. Semana que vem eu estou aqui.
Hasta la vista, babe!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

"Eu Sou A Lenda"


Olá, há quanto tempo!
Depois de quase três semanas de sumiço, volto para mais uma atualização.
Detesto ficar tanto tempo sem atualizar o blog, pois eu adoro isso aqui. O pior é que já tem muitos filmes acumulados, e vai me dar um belo trabalho colocar todos por aqui, mas eu prometo que os colocarei. Se tudo correr como planejo, nesse sábado haverá uma mega-atualização com 8 filmes.
Enquanto isso, aí está um pequeno aperitivo, o último filme que vi no cinema.

“Eu Sou A Lenda” – Aventura / Ficção
No início da história, uma cientista anuncia o descobrimento da cura do câncer. O filme dá um salto de três anos no futuro. Então conhecemos aquele que parece ser o único ser humano vivo em Nova Iorque, o pesquisador militar Robert Neville. Ele vaga pela cidade deserta num possante carro procurando alimento, pegando filmes de DVD e também procurando sobreviventes. Quando a noite chega, ele corre para se trancar em casa, pois estranhas criaturas comedoras de gente saem à caça.
O primeiro grande blockbuster do ano, “Eu Sou A Lenda” é um filme de aventura de primeira. A grande cidade de Nova Iorque devastada e deserta é impressionante! O trabalho que deve ter dado para fazer as filmagens numa das cidades mais movimentadas do mundo deve ter sido imenso. O clima de solidão pelo qual passa o personagem Robert Neville chega a ser palpável.
O filme apresenta cenas tensas, como a que o personagem principal perde sua cadela, sua única companhia viva, num depósito escuro onde vive as criaturas. O desempenho de Will Smith novamente é memorável! O ator exala carisma em todas as cenas em que parece. Sem dúvida, Will Smith é um dos grandes atores de sua geração, pois o cara faz de tudo, dramas, comédias, ação, aventura... Em todos os gêneros ele se sai muitíssimo bem.
O diretor atrasa ao máximo o aparecimento das criaturas, criando tensão, mas quando elas surgem são realmente assustadoras e os efeitos especiais são muito bons.
Li alguns críticos detonando a participação de Alice Braga, atriz brasileira e sobrinha de Sônia Braga. Bobagem, ela está bem e em momento algum compromete o filme.
“Eu Sou A Lenda” é realmente muito bom, não deixe de conferir pois esse filme é realmente imperdível.

Aqui só vai uma crítica minha à falta de cultura cinematográfica das pessoas da cidade.
Fui ver o “Eu Sou A Lenda” na semana de estréia, que ocorreu junto com todo Brasil. Na sessão em que vi o filme, contando comigo e meu filho, havia apenas 11 pessoas na sala de cinema. ONZE pessoas! Na semana de estréia de um grande sucesso do cinema, filme que tem um grande astro e que foi elogiado por todos veículos. ONZE pessoas!
Acho que eu que sou um otário, que tenta colocar um pouco de cultura pop na cabeça das pessoas, mas esqueço que elas estão interessadas mesmo é em cerveja, Big Brother, Carnaval, e música sertaneja. Mas eu não vou desistir, eu prometo.
A gente se vê no sábado. Grande abraço!