sábado, 16 de fevereiro de 2008

Mais alguns filmes pra você!


Olá, como vai?
Como você pode perceber eu mudei a forma de qualificar a qualidade dos filmes. Antes eu dava a nota de 1 a 10. Resolvi fazer de um modo mais simples, qualificando os filmes de uma até cinco estrelas.
Resumindo bem simplificado, agora ficou assim:
(*) – porcaria, muito ruim, fuja o mais rápido que puder
(**) – ainda é ruim, mas dá pra se tirar algum proveito
(***) – bom filme, pode alugar que não será dinheiro jogado fora
(****) – muito bom, alugue sem hesitar, para ver e rever
(*****) – pare o que estiver fazendo e veja imediatamente, obra-prima

E então, preparado para mais algumas críticas de filmes?
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“Hollywoodland” – Drama
O filme conta a história do ator George Reeves, que interpretou o Superman no seriado do herói da década de 50. É basicamente a história dos últimos anos de vida do ator, seu caso com uma mulher mais velha, Toni Mannix, casada com um poderoso chefão de estúdio, e de sua amargura de não conseguir fazer cinema. Isso aconteceu por ele ter sido estigmatizado no papel do Superman. Certo dia o ator morre com um tiro na testa e todos chegam à rápida conclusão de que foi suicídio. Menos a mãe de George Reeves, que contrata o detetive Louis Simo para investigar o caso.
“Hollywoodland” apresenta duas histórias paralelas. Uma delas é contada em flashback, mostrando a vida de George Reeves, seus casos amorosos, seu ódio pelo Superman, sua grande insatisfação por não ser chamado para fazer cinema e sua decepção com a própria vida.
A outra parte da história se passa após a morte de Reeves, com o detetive Louis Simo investigando o possível assassinato do ator.
O filme tem qualidades de sobra. Há muito tempo Ben Affleck não representa tão bem um personagem. Seu George Reeves é expressivo, tem vida, energia e esbanja otimismo e alegria. Ao mesmo tempo o ator transmite uma melancolia quase palpável nos últimos dias de vida do ator. O trabalho de Aflleck é de encher os olhos!
Já Adrien Brody tem mais um personagem inesquecível na sua galeria de boas interpretações. Seu Louis Simo é um detetive malandro, que gosta de aparecer e de ganhar dinheiro fácil. Mas, ao mesmo tempo em que ele se aprofunda na investigação e vai conhecendo mais sobre George Reeves, vai adquirindo determinação para descobrir o que realmente aconteceu com o ator. Com isso, um personagem que no início era amoral, ganha simpatia e respeito do espectador. A jornada de Simo dentro do filme o leva ao auto-descobrimento, e ao fim do filme ele se torna uma pessoa muito mais digna. Adrien Brody realmente fez um belo trabalho no filme.
Repare como as duas histórias de “Hollywoodland” são filmadas de modo diferente. Quando o filme foca a vida de George Reeves a câmera está sempre parada, em enquadramentos elegantes, mostrando o mundo glamourizado onde vive o ator, o mundo das celebridades. Já quando o personagem principal é Louis Simo, a câmera está sempre em movimento, acompanhando Adrien Brody em todos os lugares, tremendo, trepidando. É uma diferença sutil, mostrando que não estamos mais no mundo das ricas celebridades, mas sim no mundo cão dos investigadores, das ameaças e de confronto físico.
“Hollywoodland” apresenta questões curiosas sobre o “suicídio” de George Reeves, como:
Por que a cápsula da bala foi encontrada na cama debaixo do corpo do ator? Como ela foi parar lá?
Por que a pistola usada pelo ator não tinha impressões digitais?
Por que havia mais dois buracos de bala no chão, ao lado da cama?
Por que as pessoas que estavam na casa do ator na hora do disparo demoraram 45 minutos pra chamar a polícia?
São perguntas que ficarão para toda eternidade, já que até hoje o caso é encarado pela polícia de Los Angeles como “suicídio”.
Com isso o filme tinha tudo para ser perfeito, mas na verdade ele apresenta um grande problema. Há uma trama paralela (uma investigação que Simo realiza sobre um adultério) que além de ser chata, desvia o foco da história original, não acrescenta absolutamente nada à narrativa e sempre ocupa minutos preciosos do filme, tornando o filme grande e um pouco cansativo.
Se não fosse por essa trama paralela eu daria quatro estrelas para “Hollywoodland”. (***)



“Premonições” – Suspense
Sandra Bullock interpreta uma dona de casa que vê sua vida cada vez mais monótona ao lado do marido e das duas filhas. Certo dia ela acorda e descobre que o marido morreu em um acidente de carro. No dia seguinte ela acorda e o marido está lá, vivinho, tomando café naturalmente. Sem entender nada do que está acontecendo, ela encara esse acontecimento como uma nova oportunidade de voltar a ser feliz. Isso até quando ela acorda no outro dia e percebe que o marido continua morto. Além disso, sua filha mais velha aparece com estranhas cicatrizes no rosto.
Suspense com a simpática e bonita Sandra Bullock, atriz que já começa a sentir a passagem do tempo com o surgimento das primeiras rugas, bem disfarçadas pela maquiagem.
Pena que o tempo passa e a atriz não consegue fazer bons filme e nem emplacar um bom papel. Esse “Premonições” é ruim com força.
A personagem custa a descobrir uma coisa que os espectadores mais ligados descobrem de primeira: ela está pulando os dias! Ela dorme na segunda e acorda na quarta, ou então dorme na terça para acordar no sábado. Qualquer pessoa mais atenta descobre esse fato da história com o mínimo de esforço, mas a dona de casa vivida por Sandra Bullock é burra de dar dó!
Quando finalmente descobre o que acontecendo, ela tem várias oportunidades para mudar o trágico destino, mas, ao invés disso, começa a agir como uma idiota, pondo tudo a perder.
Arrastado, sem provocar o mínimo de suspense, com heroína burra e um roteiro raso, “Premonições” ainda apresenta em seu último take, no último segundo de filme, uma cena terrivelmente constrangedora. (*)



“Pecados Íntimos” – Drama
Sarah (Kate Winslet), ignorada pelo marido, e Brad (Patrick Wilson), sufocado pela esposa controladora, engatam um romance que serve como forma de liberdade para ambos de suas vidas frustradas. Ao mesmo tempo um maníaco pedófilo (Jackie Earle Haley) é posto em liberdade e passa a morar no bairro com a mãe. Um ex-policial começa a tornar a vida do pedófilo um inferno, sempre o perseguindo com acusações, e nunca o deixando em paz.
Drama bem dirigido com ótimos atores e com uma história densa e intensa.
“Pecados Íntimos” apresenta uma curiosidade adicional, pois é narrado por uma voz onisciente, recurso diferente muito bem bolado pelos criadores do filme.
O filme ainda consegue fazer o espectador se simpatizar por uma figura completamente malvada, o pedófilo, justamente pelo brilhante desempenho do ator Jackie Earle Haley. Repare como ele vai a uma piscina pública com o intuito de observar as crianças nadando.
Uma cena muito sutil apresentada no filme é justamente com este personagem: a cena acontece quando ele está em um restaurante com uma garota que acabara de conhecer. Os dois estão sentados em lados opostos da mesa. Na mesa de trás há algumas crianças se divertindo. Em uma parte da conversa a garota se inclina para frente para contar algo que é embaraçoso para ela, tampando a visão que o maníaco tinha da mesa das crianças. Imediatamente dá pra perceber a frustração no rosto dele por não poder mais ver a mesa. Essa é uma cena rápida e passará batida se o espectador não prestar bem a atenção.
Este é um daqueles dramas em que todas as histórias de todos personagens caminham separadamente até se juntar num final apoteótico e emocionante. Mas o final não tão apoteótico e emocionante com se esperava e as expectativas são frustradas até certo ponto. Por pouco “Pecados Íntimos” não leva cinco estrelas. (****)

2 comentários:

Fabiano Ribeiro disse...

Agora está explicada a pontuação.
Ontem vi um romance e achei lindo cara. Para eu gostar de romance e dizer isso, tem que ser muito bom.
Chama-se The Holiday. No Brasil colocaram, o amor não tira férias
Não pergunte o porque.
Dou (****)
Adorei o filme. Não sei se já viu, mas caso contrário, se possível veja sem ler nem a sinopse. Nem repare a capa. Ficará mais surpreendente.
Eu indicar um romance. Coisa raríssima.

Anônimo disse...

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