sábado, 8 de março de 2008

Querem me enlouquecer!

FOTO ACIMA: Pensei em colocar o cantor do "Créu" com um alvo desenhado na testa, mas achei que uma foto da Jessica Biel ficaria bem melhor!

Opa!
Tudo bem?

Vou aproveitar que não estou vendo filmes ultimamente para fazer mais uma atualização diferente. Hoje vou falar sobre dois assuntos, um deles é sobre música.
Aliás, musica não, mas de uma aberração da natureza, algo que creio que você já deve ter ouvido falar ou até mesmo ter tido o imenso desprazer de escutar.
Estou falando da “Créu”.

Todos os anos, principalmente no verão, surge alguma coisa desse nível aqui nesse Brasil. Já fomos vítimas de “Egüinha Pocotó”, “É o Tchan”, “Festa no Apê”, “Vai Lacraia”, “Calypso”, “RBD”, e de outras bandas e “coisas” (que eu não consigo chamar de música).

Sem contar as infinitas duplas sertanejas que brotam aos montes de algum fosso fétido, sempre com as mesmas rimas, com as mesmas capas de cd’s, com os mesmos títulos das músicas, os mesmos cabelos, com uma fórmula que parece ser inesgotável.

Mas agora, essa “Créu” é o fim da picada!
No último domingo acordei ao som desse desastre de proporção catastrófica e fiquei com dor de cabeça o resto do dia. O vizinho arrebentou suas caixas de som no volume máximo com a “Créu” e eu, pobre coitado, quase desejei morrer. As janelas da casa do sujeito tremiam e a minha cabeça ficou estourando de dor o dia inteiro.

Às vezes, alguém liga para a rádio pedindo essa coisa. A voz do outro lado da linha pergunta: “Ceis tem a Créu?”.
Ou então é assim: “Ceis passa a Créu?”.
Pelo visto o nível de inteligência das pessoas que escutam essa monstruosidade está no mesmo patamar da música.

Outra coisa que não consigo entender é esse meu vizinho, que escuta “Créu” e logo depois coloca um Queen. Como uma banda tão boa, com tantos clássicos, pode rodar no mesmo CdPlayer que toca a “Créu”?
Eu não entendo! Eu não entendo! Será que querem me enlouquecer?

FOTO ACIMA: Celular com câmera de última geração!

Outro assunto que quero falar é sobre o celular.
Quando perguntam para mim o número de meu celular e eu digo que não possuo o aparelho as pessoas costumam ficar quase chocadas.
O fato é que as empresas que comercializam as linhas investem tanto em marketing que as pessoas sentem necessidade de possuir um celular.

Eu não tenho interesse algum em cair na armadilha dessas empresas por dois motivos.

Primeiro – Não vejo razão em possuir um celular.
Quando não estou em casa eu estou no trabalho, e nos dois lugares tem telefone. Incrível, não?
É mesmo impressionante!
De quê serviria um celular nesse caso? Quem quiser falar comigo é só ligar para um desses dois locais. Simples, não é?
Mas aí vem alguém e pergunta: “como você faz quando vai viajar?”.
Será que as pessoas não viajavam antes da criação do celular? Não tem um orelhão em cada posto na estrada?
Em todas as viagens que fiz eu só tive problema em uma, que foi contornado facilmente quando alguém parou no acostamento para me ajudar.

Segunda razão – Eu tenho raiva de celular, eu admito.
Raiva das pessoas se sentirem obrigadas a possuir o aparelho.
Raiva de estar no cinema e um celular qualquer tocar, me desconcentrando.
Raiva de algum mal-educado que passa na rua gritando ao aparelho.
Raiva de estar num bom bate-papo e o celular do outro tocar, interrompendo a conversa.
Raiva daqueles aborrecentes que ficam dando “toques” nos celulares dos colegas sem parar, vez após outra.
Raiva dos que ligam de celular a cobrar para o meu trabalho.
E ainda tem aqueles que sempre mudam o número do celular, como um rapaz que trabalha comigo, que já trocou de número e de operadora inúmeras vezes.
Haja saco!
Aposto que você já passou por pelos menos cinco das situações citadas acima.

Eu só teria um celular em duas ocasiões:
Se eu fosse um vendedor autônomo, desses que não param em lugar algum.

Ou então se eu fosse um empresário com 3 lojas (uma matriz e duas filiais).
Se eu tivesse apenas duas lojas eu ainda não possuiria celular. Ora, se eu não estivesse numa loja eu estaria na outra.

O problema é que as pessoas sofreram lavagem cerebral e se sentem na obrigação de ter um celular. Muitas realmente precisam do aparelho, mas a grande maioria tem por ter, pra falar que tem.

Na próxima semana eu volto para mais uma atualização. Isso se eu não der muitas cabeçadas na parede e vir a falecer, é claro.
Abração!

5 comentários:

Fabiano Ribeiro disse...

Caraca. Que nervo. hehehe
Cuidado para não causar problemas futuros com seu vizinho heim. O cara vai ficar sentido se ler isso aqui.
“Vai te esperar na rua ao lado de uma bicicleta”.
Celular é um saco mesmo. Não ligo para isso, mas sem radicalismo como você. Algumas poucas vezes, ele é útil. Mas a maioria das pessoas ficam igual retardados com os celulares. E aqueles que andam com aquele vaga-lume de cor azul pendurado na orelha. Acham lindo.
Isso enche o saco.
Vou repetir uma coisa que lhe falei anteriormente. Se ainda estivesse em Bh, já tinha surtado. Aqui na porta de casa, passa mais de dez carros por dia, com sons mais altos do que o Kizz usava em seus shows. E tocando créu e seus derivados. Tem todo tipo de lixo infectante e depressivo. Pagode, axé, sertabrega, e etc. Alguns deles com o som até distorcendo de má qualidade. Mas querem aparecer para o mundo.
Cambada de idiotas.
Mas o mundo está empurrando as pessoas. Se continuar assim, daqui algum tempo se uma pessoa não tiver pais separados, ter Botox, fazer cirurgias estéticas, ter celulares de última geração, clareamento nos dentes, mais de dois Piercings, tatuagens e corpos esculturais, almoçar com a família na mesa, será considerado um Et.
Abraço!

Cleonice Braz disse...

Meu amigo... putz, como vc, eu não suporto mais essa merda desse "Créu"... ainda mais eu... (que por razões óbvias sofro diretamente com isso...) às vezes quero morrer!!!
Essa atualização foi interessante. Vou reivindicar também... na minha próxima farei uma campanha... "NÃO AO CRÉU" ... Sei q vc tá dentro e me apóia!!!

Grande abraço!

Anônimo disse...
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Anônimo disse...
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Anônimo disse...

Hahahaha!!! Muito boa, Adrian.

Concordo que a propaganda muitas vezes cria necessidades imaginárias, mas nossa dependência do celular é uma questão muito mais complexa e acredito tem mais a ver com o estilo de vida na sociedade moderna. É meio como a nossa dependência da internet. Eu, por exemplo, possuo 5 aparelhos (um para cada plano...rssrsrsrs).

Um forte abraço!