segunda-feira, 25 de junho de 2007

"Quarteto Fantástico 2"


Depois de alguns dias sem atualização, volto com carga total, com a crítica de 2 filmes vistos recentemente no cinema.

“Piratas do Caribe – No Fim do Mundo” – Aventura
Nunca consegui entender o sucesso que essa série faz. Acho o primeiro filme apenas “bom”, com a incrível interpretação de Johnny Deep sendo a única coisa digna de nota. Acho o segundo, “Piratas do Caribe – O Baú da Morte” um filme apenas regular. Na minha opinião, esse filme ter feito mais de US$ 1 bilhão nas bilheterias é um fato no mínimo bizarro.
Agora chegamos ao terceiro e, por enquanto, último filme da série.
Li várias resenhas em inúmeros sites e todos concordam que este é o pior da série. Agora eu acho que estou ficando louco de verdade pois, para mim, esse foi o melhor filme dos três! Será que é caso de eu me internar? É claro que ainda assim não é um filme ótimo ou excepcional, mas o mais interessante da série.
Há pelo menos uma cena belíssima, em que o capitão do navio militar vê sua embarcação explodir à sua volta, numa cascata de entulhos e objetos lançados ao ar.
Fico pensando, se uma série apenas razoável como essa foi capaz de faturar mais de US$ 2 bilhões, o que aconteceria se filmes de piratas realmente bons, como “Simbad e o Olho do Tigre”, “Capitão Blood” e “O Pirata Sangrento”, fossem lançados nos dia de hoje? Iriam faturar US$ 20 bilhões ou mais.

“Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado” – Aventura
Com o primeiro filme fraco (mas ainda assim interessante), chega aos cinemas a segunda parte da aventura do primeiro grande grupo da Marvel Comics.
Com certeza esse filme é melhor do que o anterior, mas parece que falta uma certa “ambição” aos realizadores do longa. Mas vou explicar sobre isso daqui a pouco. Primeiro os méritos:
Como o filme é pequeno, não sobra muito espaço para encher lingüiça. Tudo é rápido e dinâmico. A relação entre os personagens é bem desenvolvida, com muita gozação entre o Tocha e o Coisa, como nos quadrinhos.
O Senhor Fantástico, apesar de não demonstrar muito os poderes, está mais ativo como líder do grupo. A cena em que ele dá um esporro com classe em um general é muito bacana. Há também uma cena no início do filme em que ele, assim como o Emo-Aranha, se liberta de sua timidez e seriedade.
Jessica Alba, apesar de ficar estranha loira e com olhos azuis, continua gostosa e participa muito da trama do filme.
Outra coisa a se destacar são os efeitos e a produção do filme. Não pouparam dinheiro pois não há uma cena mal feita em todo filme.
Mas o melhor de “Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado” é mesmo o Surfista. Ele é exatamente igual aos quadrinhos, tanto na origem como no caráter. Ele é ao mesmo tempo altivo, digno, poderoso, ameaçador, melancólico e atormentado. Se houvesse um Oscar para a “Melhor Interpretação de um Efeito Especial” (uma dia haverá, aposto!), o Surfista ganharia fácil, fácil. É um show para os olhos vê-lo em movimento!

Agora a parte não tão boa do filme.
Achei o Coisa um tanto quanto apagado, com a trama girando em torno dos outros três integrantes do grupo. Mas mesmo assim ele ainda tem seus momentos no filme. Só estou sendo um pouco exigente.
Sobre a falta de ambição a que me referi no início do texto, achei que a trama se conclui de maneira abrupta, deixando um gosto de “poderiam ter feito melhor” no fim do filme.
Acho que o melhor final seria, quando o filme está quase acabando, na hora em que o Surfista diz a frase “Ele chegou”, aparecesse a descomunal nave do Galactus. Aí sim, seria o final perfeito, com um baita gancho para um provável terceiro filme.
Mas o filme resolve ser simples, com um final feliz e rápido demais. Como eu disse antes, abrupto.
Outra coisa que não pegou bem foi um defeito no roteiro que vai passar despercebido por quase todos. Tem spoiler a seguir, ok?
Em certa parte do filme o Tocha passa a trocar de poder com os outros integrantes do grupo. Isso acontece quando ele toca na pessoa. Por exemplo, ele toca na Mulher Invisível, e por um certo tempo ele ganha os poderes dela e ela fica com os poderes dele. Até aí tudo ok. O erro está na hora em que ele toca todos os integrantes ao mesmo tempo, absorve o poder de todos e continua com os dele. E os outros três ficam sem poder nenhum, nem com os do Tocha. É um erro tolo que poderia ter sido evitado com uma revisão mais minuciosa no roteiro. O próprio Reed Richards poderia tecer uma explicação científica com menos de um minuto sobre o fenômeno sem prejudicar o andamento da trama.

Enfim, “Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado” é um filme bom (quase muito bom), superior ao primeiro, mais sério, mais divertido, bacana, mas sofre por ser “pequeno”, como um time do interior se sente quando enfrenta um time grande na casa do adversário. Esse “Quarteto” tinha potencial para ser um grande filme se tivesse um final mais corajoso. Mesmo assim é um filme pra ser visto no cinema com um copão de Coca-Cola.

Um aviso: quando o filme terminar e começarem a subir os créditos, não vá embora correndo do cinema pois há uma cena adicional mostrando o destino de um dos personagens. Felizmente você não terá de esperar muito, a cena está só uns 30 segundos após o início dos créditos.


Está vendo a foto acima com o pôster do filme? Eu ganhei esse pôster do cinema junto com o cartaz do “Homem-Aranha 3”, hehe.

Um comentário:

entediado disse...
Este comentário foi removido pelo autor.