sábado, 5 de maio de 2007

A maior gafe do século!




Fico pensando como é incrível a a capacidade do ser humano em se auto-constranger. Apesar dos meus 34 anos e do meu tamanho (1m e 88), às vezes eu cometo gafes terríveis. Aí está a história de uma delas.

Pra quem não sabe, aqui no prédio tem três rádios, todas do mesmo dono. A Clube FM (onde eu trabalho - só pop-rock), a Liberdade FM (só sertanejo) e a Clube AM (futebol, músicas, e principalmente notícias).

Então, aqui em Patos, toda vez que uma árvore cai com a força das chuvas, quando falta energia em algum bairro, quando algum procurado pela justiça é preso, e quando acontece algum acidente (que é o caso aqui), alguém liga para avisar a AM, assim a rádio dá a notícia em primeira mão.

No início do ano passado eu estava trabalhando, no ar, quando o porteiro liga para mim (num telefone interno) e diz que tinha acabado de acontecer um acidente terrível com vítimas fatais perto do trevo da cidade.

O porteiro não sabia quem havia se acidentado, pois o acidente havia acabado de acontecer. Alguém que estava passando pela rodovia viu a confusão na estrada e ligou para a rádio, pra ir alguém fazer a reportagem ao vivo de lá.
E isso me desanima profundamente. Saber que rádio é alegria, alto astral, mas ao mesmo tempo, havia pessoas chorando naquela hora pela perda de entes queridos. Essa situação me deixa um pouco incomodado. É por isso que locutor de FM não pode saber de uma coisa dessas durante o trabalho pois a energia esfria na hora, sem dó.

Quando fiquei sabendo do acidente pensei: "Mas que coisa! Eu estou aqui na maior empolgação e sou avisado desse assunto, sem ter absolutamente nada a ver com isso!". Mesmo pensando nisso eu me senti bem triste pelo acontecido.

Era sábado à noite, eu estava tocando só rock pra animar a galera, e quem me conhece sabe que gosto de fazer brincadeiras (muitas delas fora de hora) e disse, ainda conversando com o porteiro pelo telefone interno: "Não esquenta não, Seu Divino (nome do porteiro). Deixa esse povo morrer pra lá! Não é a gente mesmo!".

No dia seguinte, um domingo, meu pai liga pra mim cedinho lá em casa e me diz que havia acontecido um acidente (o mesmíssimo da noite anterior) e que vários parentes do Seu Divino haviam morrido, entre eles o irmão, a esposa do irmão, e um irmão de criação. Eu fui ao velório me desculpar o mais rápido possível. Que vergonha! Não importa o tanto que eu sou idiota, sempre cabe uma idiotice a mais. Mas eu ainda aprendo!

Mudando de assunto, nesta segunda-feira eu volto, com a minha opinião sobre alguns filmes que aluguei hoje e também com todas as aventuras pelas quais passarei neste domingo (até parece).

2 comentários:

Unknown disse...

foi realmente foda seu comentário naquele momento, apesar de que ele relatava sua opinião, palavras ditas, dardos atirados e oportunidades ´perdidas não tem volta é isso aí Morcego
um abraço e até mais

Unknown disse...

esqueci essa gafe foi nesse ou no outro século?